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Veja as informações divulgadas pela Prefeitura de São Paulo sobre os sintomas do norovírus (foto ilustrativa) | Freepik
O governo de São Paulo confirmou que o norovírus foi encontrado em alguns pacientes atendidos pelo sistema de saúde no litoral de São Paulo no início de 2025. Entenda quais os sintomas do norovírus e como tratar a doença causada por ele.
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De acordo com informações da Prefeitura de São Paulo, o norovírus (gênero Norovirus, família Caliciviridae) pertence a um grupo de vírus não envelopados, de cadeia simples de RNA, que pode causar doenças gastrintestinais em seres humanos.
Ele foi inicialmente chamado de “Norwalk vírus” ao ser identificado como agente do surto de doença diarréica em uma escola em Norwalk, Ohio, EUA, em 1968.
Atualmente, sabe-se que o norovírus compreende pelo menos cinco genogrupos, subdivididos em 31 agregados genéticos.
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A infecção pelo norovírus geralmente se manifesta com a instalação abrupta de náuseas, vômitos, diarreia aquosa sem sangue e dores abdominais.
Em alguns casos, também pode ocorrer febre baixa, sendo os vômitos mais comuns em crianças.
Os sintomas podem durar entre 24 e 60 horas, e infecções assintomáticas chegam a 30% dos casos, conforme estudos com voluntários.
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A complicação mais comum é a desidratação, especialmente em crianças pequenas e idosos. Apesar disso, a recuperação costuma ser completa, sem relatos de sequelas.
O norovírus é transmitido principalmente pela via fecal-oral, podendo ocorrer por contato direto entre pessoas, superfícies contaminadas ou consumo de alimentos e água infectados.
Há evidências de transmissão por aerossolização de vômitos, que podem contaminar superfícies ou ser deglutidos, mas não há registros de infecção pelo trato respiratório.
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Os surtos envolvem múltiplos mecanismos de transmissão, como contato direto, fômites e contaminação ambiental.
Além disso, o vírus apresenta alta infectividade e resistência aos produtos comuns de desinfecção, dificultando o controle.
Nos Estados Unidos, estima-se que 50% dos surtos de gastrenterite relacionados a alimentos sejam causados pelo norovírus.
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Entre 1997 e 2000, 36% dos surtos ocorreram após consumo em restaurantes; 23%, em creches ou locais de cuidado; 13%, em escolas; e 10%, em locais de lazer ou cruzeiros.
A contaminação geralmente ocorre pouco antes do consumo, por manipuladores doentes.
Alimentos frios, como saladas, sanduíches e produtos de confeitaria, estão entre os mais implicados.
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Temperos contaminados ou alimentos como ostras, contaminados diretamente na fonte, também foram detectados como causas.
O diagnóstico tornou-se mais preciso com a técnica de RT-PCR, que detecta o vírus em amostras de fezes ou vômitos coletadas nos primeiros cinco dias após o início dos sintomas.
Testes comerciais baseados em ELISA também estão disponíveis para análise de fezes.
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Técnicas de biologia molecular auxiliam na investigação epidemiológica, identificando fontes de infecção e relações entre casos em surtos.
Não existe tratamento específico para a infecção pelo norovírus. O manejo consiste na hidratação adequada e reposição de eletrólitos para combater a desidratação.
A maioria dos pacientes pode ser tratada em casa, sendo a hospitalização reservada para casos graves ou para pacientes vulneráveis.
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Atualmente, não há vacina disponível para prevenir a infecção por norovírus. Assim, medidas higiênico-dietéticas são essenciais, incluindo:
O norovírus é resistente ao congelamento, a temperaturas elevadas (como 60°C) e a concentrações de cloro superiores às permitidas para consumo humano.
Isso torna a prevenção ainda mais desafiadora e dependente de cuidados rigorosos na manipulação e no preparo dos alimentos.
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