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O estado de torpor dos hamsters pode durar horas ou semanas | Mordilla-net por Pixabay
Tutores de hamsters já podem ter se deparado com o animal rígido e gelado. Neste momento, custumam se pergunntar: será que meu pet realmente morreu, ou está só hibernando? A dúvida faz sentido, porém, segundo especialistas, hamsters não hibernam, mas entram em torpor.
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De modo geral, a diferença entre a hibernação e o torpor é a duração do processo fisiológico. A hibernação pode durar meses, enquanto o torpor dura no máximo uma ou duas semanas.
“Os tutores confundem uma condição dos hamsters chamada de torpor com hibernação. Quando a temperatura cai, os hamsters podem entrar em torpor. Ficam rígidos, gelados e diminui a frequência cardíaca e respiratória”, explica a veterinária especialista em pets não convencionais Morgana Prado, do Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas.
O torpor, popularmente chamado de hibernação em hamster, pode ser descrito como uma redução temporária da atividade metabólica de alguns roedores.
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Nesse estado, o animal pode parecer inerte e com respiração lenta. Mas, de acordo com Morgana, ainda é capaz de responder a estímulos externos, mesmo que discretamente.
Para saber se o pet está em torpor e não morto – o que pode fazer com que alguns tutores se desfaçam do animal acidentalmente -, a veterinária indica observá-lo cuidadosamente por cerca de 15 minutos.
Ainda que o torpor seja uma condição natural dos hamsters, ele não ocorre com todas as espécies e só acontece em condições específicas.
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“A temperatura do ambiente é que vai predispor o hamster a entrar em torpor. Porém, o hamster-anão-russo, por exemplo, dificilmente realizará torpor no Brasil, pois ele tolera temperaturas próximas a 0 graus”, diz a veterinária especializada em animais exóticos Jakeline Mastria, do Hospital Vet Popular.
Segundo Jakeline, no Brasil, a condição pode ocorrer com mais facilidade no inverno com os hamsters sírios, que não suportam temperaturas abaixo de 15 graus.
O estado de torpor nesses animais pode durar horas ou semanas. Ao perceber que o pet se encontra em tal situação, o tutor deve buscar ajuda especializada, visto que o torpor pode comprometer a saúde do animal.
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“Por períodos longos, pode provocar desidratação, hipotermia, surgimento de infecções e uma baixa taxa metabólica que pode ser prejudicial para a função dos órgãos”, comenta Jakeline.
Segundo as especialistas, antes de levar o animal ao veterinário, o tutor deve tentar acordar o pet. Para isso, ele deve colocar toalhas e garrafas aquecidas ao lado do animal e do seu ninho, tomando cuidado para não queimar bicho.
Para prevenir esse estado de inércia, é preciso deixar o animal em ambiente e recinto aquecidos, evitando mudanças bruscas de temperatura. Além disso, é importante manter o pet ativo com a realização de exercícios, estimulando e reforçando a alimentação.
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Vale ainda reforçar a importância de manter em dia o check-up preventivo do pet, visto que animais doentes podem ter uma piora com o processo de torpor, podendo até ser fatal.
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