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Entre polêmicas e divisão de opiniões, 'O Brutalista' é um dos preferidos para o Oscar de 2025

O drama histórico mostra a dura realidade de um arquiteto judeu fugindo do nazismo

Gabriela Barbosa

21/02/2025 às 16:14

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A história acompanha László Toth, arquiteto húngaro fugindo do nazismo

A história acompanha László Toth, arquiteto húngaro fugindo do nazismo | Divulgação/Universal

Com dez indicações, “O Brutalista” é um dos preferidos para ganhar o título de Melhor Filme no Oscar de 2025. Entre polêmicas com o uso de inteligência artificial e sua duração de mais de três horas, a obra dividiu opiniões.

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A história acompanha um imigrante judeu que vai viver nos Estados Unidos para fugir dos horrores da Segunda Guerra Mundial. O arquiteto László Toth, interpretado por Adrien Brody, busca o “sonho americano”, mas se frustra quando não consegue emprego em sua área.

"O Brutalista" é um filme comprido, cheio de emoções
"O Brutalista" é um filme comprido, cheio de emoções
László Toth era formado em uma das melhores faculdades de arquitetura do mundo
László Toth era formado em uma das melhores faculdades de arquitetura do mundo
O protagonista foi responsável por desenhar uma construção brutalista
O protagonista foi responsável por desenhar uma construção brutalista
László não teve uma jornada fácil nos Estados Unidos
László não teve uma jornada fácil nos Estados Unidos
As obras brutalistas são retas e cinzas, remetendo à força
As obras brutalistas são retas e cinzas, remetendo à força
A vida do protagonista mudou depois que ele conheceu Harrison Lee Van Buren (Fonte de todas as fotos: Divulgação/Universal)
A vida do protagonista mudou depois que ele conheceu Harrison Lee Van Buren (Fonte de todas as fotos: Divulgação/Universal)

Isso até encontrar o milionário Harrison Lee Van Buren, que o contrata para uma grande construção. O brutalismo, que dá nome ao filme, é o estilo arquitetônico que o protagonista usa em suas obras, demonstrando frieza e força, clássicos do totalitarismo.

Recepção dividida

Apesar dos 94% de aprovação no Rotten Tomatoes, “O Brutalista” foi fortemente criticado nas redes sociais e na mídia. Uma das principais críticas é sua longa duração, de três horas e meia, que muitos julgam exagerada.

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Os produtores e grande parte dos críticos defendem que a duração do longa é justificada pela quantidade de temas que ele aborda. O filme passa por assuntos importantes como a desilusão da vida nos Estados Unidos, o Holocausto e até mesmo o estado de Israel.

Entretanto, muitos discordam dessa visão. O ritmo lento e detalhado da narrativa não agrada uma parte da crítica, que considera desnecessária a duração do filme. Segundo eles, a história acaba por ficar lenta e “rodando em círculos”.

IA polêmica

O editor do filme, Dávid Jancsó, revelou que a equipe usou inteligência artificial em algumas partes do filme. O principal uso foi para melhorar os sotaques dos atores, que tinham que conversar em húngaro.

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Em entrevista à Red Shark News, Jancsó explicou que o húngaro é um idioma muito complexo e que eles esgotaram todas as opções para tentar melhorar o sotaque dos atores.

“Tentamos refazer com outros atores, mas isso não funcionou. Então buscamos outras opções.”

Em um comunicado, o diretor Brady Corbet defendeu que a tecnologia foi usada somente para aperfeiçoar os diálogos em húngaro. Foi utilizada a técnica Respeecher para refinar sons de vogais e dar mais precisão às falas.

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Corbet explica que o objetivo “foi preservar a autenticidade das performances de Adrien e Felicity em outro idioma, não substituí-las ou alterá-las, e foi feito com o maior respeito pelo ofício”.

Incoerências arquitetônicas

O filme foi duramente criticado na comunidade arquitetônica. Para os profissionais, a obra quase não mostrou o estilo brutalista e, quando tentou, fez de forma errada.

O brutalismo é um estilo arquitetônico surgido depois da Segunda Guerra Mundial na Europa. Sua principal característica é a utilização do concreto cru, sem muitos detalhes de ornamentação. As obras brutalistas são cinzas e com linhas retas, demonstrando força e autoridade.

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Em “O Brutalista”, esse estilo só aparece no final do filme, depois de mais de três horas de espera. Esse fato desagradou não só os arquitetos, mas todos que queriam ver mais dessa temática artística na obra.

No podcast “Por que ‘O Brutalista’ é um filme terrível?”, a crítica de design, Alexandra Lange, comentou que os cineastas “disseram que leram todos esses livros sobre brutalismo, mas absolutamente nada disso foi usado para fins dramáticos, nem parece ter sido absorvido”.


 

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