Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
A história acompanha László Toth, arquiteto húngaro fugindo do nazismo | Divulgação/Universal
Com dez indicações, “O Brutalista” é um dos preferidos para ganhar o título de Melhor Filme no Oscar de 2025. Entre polêmicas com o uso de inteligência artificial e sua duração de mais de três horas, a obra dividiu opiniões.
Continua depois da publicidade
A história acompanha um imigrante judeu que vai viver nos Estados Unidos para fugir dos horrores da Segunda Guerra Mundial. O arquiteto László Toth, interpretado por Adrien Brody, busca o “sonho americano”, mas se frustra quando não consegue emprego em sua área.
Isso até encontrar o milionário Harrison Lee Van Buren, que o contrata para uma grande construção. O brutalismo, que dá nome ao filme, é o estilo arquitetônico que o protagonista usa em suas obras, demonstrando frieza e força, clássicos do totalitarismo.
Apesar dos 94% de aprovação no Rotten Tomatoes, “O Brutalista” foi fortemente criticado nas redes sociais e na mídia. Uma das principais críticas é sua longa duração, de três horas e meia, que muitos julgam exagerada.
Continua depois da publicidade
Os produtores e grande parte dos críticos defendem que a duração do longa é justificada pela quantidade de temas que ele aborda. O filme passa por assuntos importantes como a desilusão da vida nos Estados Unidos, o Holocausto e até mesmo o estado de Israel.
Entretanto, muitos discordam dessa visão. O ritmo lento e detalhado da narrativa não agrada uma parte da crítica, que considera desnecessária a duração do filme. Segundo eles, a história acaba por ficar lenta e “rodando em círculos”.
O editor do filme, Dávid Jancsó, revelou que a equipe usou inteligência artificial em algumas partes do filme. O principal uso foi para melhorar os sotaques dos atores, que tinham que conversar em húngaro.
Continua depois da publicidade
Em entrevista à Red Shark News, Jancsó explicou que o húngaro é um idioma muito complexo e que eles esgotaram todas as opções para tentar melhorar o sotaque dos atores.
“Tentamos refazer com outros atores, mas isso não funcionou. Então buscamos outras opções.”
Em um comunicado, o diretor Brady Corbet defendeu que a tecnologia foi usada somente para aperfeiçoar os diálogos em húngaro. Foi utilizada a técnica Respeecher para refinar sons de vogais e dar mais precisão às falas.
Continua depois da publicidade
Corbet explica que o objetivo “foi preservar a autenticidade das performances de Adrien e Felicity em outro idioma, não substituí-las ou alterá-las, e foi feito com o maior respeito pelo ofício”.
O filme foi duramente criticado na comunidade arquitetônica. Para os profissionais, a obra quase não mostrou o estilo brutalista e, quando tentou, fez de forma errada.
O brutalismo é um estilo arquitetônico surgido depois da Segunda Guerra Mundial na Europa. Sua principal característica é a utilização do concreto cru, sem muitos detalhes de ornamentação. As obras brutalistas são cinzas e com linhas retas, demonstrando força e autoridade.
Continua depois da publicidade
Em “O Brutalista”, esse estilo só aparece no final do filme, depois de mais de três horas de espera. Esse fato desagradou não só os arquitetos, mas todos que queriam ver mais dessa temática artística na obra.
No podcast “Por que ‘O Brutalista’ é um filme terrível?”, a crítica de design, Alexandra Lange, comentou que os cineastas “disseram que leram todos esses livros sobre brutalismo, mas absolutamente nada disso foi usado para fins dramáticos, nem parece ter sido absorvido”.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade