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Ilha Montão do Trigo, em São Sebastião | Rodrigo Nathan
Se você sonha em viajar para um paraíso natural formado por ilhas, como Fernando de Noronha, deveria considerar um destino muito mais acessível e igualmente encantador, como a Ilha do Montão do Trigo.
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A ilha é um dos diversos pontos turísticos que impressionam os visitantes e que são pouco explorados pelos turistas brasileiros.
Também conhecida pelo nome de Ilha Monte de Trigo ela fica em São Sebastião, a 208 quilômetros da capital paulista ou a cerca de 3 horas de carro. A distância vai compensar (e muto), com águas cristalinas e uma estética muito bela, impressionando quem chega ali pela primeira vez.
Imagem de uma parte da ilha Montão do Trigo/Rodrigo Nathan
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Para chegar à ilha, o turista deverá percorrer cerca de 14 quilômetros a partir da costa sul do município de São Sebastião. O presente será encontrar um local repleto de uma beleza natural e também história.
Para quem gosta de mergulho, a ilha é cercada por águas limpas, cristalinas e conta com uma diversa presença de vida marinha. Sabe aqueles lugares para mergulhar onde é possível ver peixes coloridos? Aqui é um desses lugares.
Até a tradição da ilha chama a atenção. Existe uma lenda de que os primeiros habitantes da Ilha do Montão do Trigo foram piratas que saqueavam pelas regiões vizinhas.
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As atividades criminosas eram favorecidas pelo suporte de uma outra ilha onde os supostos piratas fizeram alguns abrigos para servir de tocaia.
Não se sabe se a lenda tem fundamento, mas até hoje há quem acredite que os moradores atuais da ilha são descendentes desses piratas saqueadores.
Assim como muitos destinos de ilha fabulosos, chegar à Ilha do Montão do Trigo não é muito simples. É preciso contratar um passeio particular de barco.
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Quem opera o serviço são os próprios moradores da ilha. Os transfers saem das praias de Juqueri ou da Barra do Una.
Como a ilha não possui uma praia, o desembarque na ilha é feito na parte das pedras, em um píer de madeira improvisado, mas ainda asim seguro.
Sim, suas fotos poderão ser postadas e enviadas a familiares e amigos, mesmo estando a cerca de 14 quilômetros do continente. É possível ter acesso à internet.
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Isso porque o topo da ilha guarda algumas torres que retransmitem sinais. Aliás, a Montão de Trigo um dos pontos mais conectados do litoral paulista, mesmo considerando o isolamento da localização.
Algumas opções de lazer estão disponíveis para quem visitar o local.
Quem gosta de gastar energia com caminhadas estará bem servido. É possível fazer uma trilha com duração aproximada de 50 minutos até o topo da ilha.
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São quase 300 metros de altura que permitem que os turistas, uma vez no topo, sejam capazes de observar todo o Canal de São Sebastião. Tudo é compensado por vistas incríveis.
Se as imagens incríveis do local não tiraram seu fôlego, que tal um mergulho? A água do local é cristalina e muito bem preservada.
Mergulhadores, até mesmo profissionais, costumam visitar a ilha para isso. Vários peixes são visíveis e, no verão, a água é mais quente. Uma opção muito procurada por quem visita o local é o mergulho para aproveitar essa oportunidade.
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O windsurf é outra atividade realizada no local. A modalidade compõe uma prancha e uma vela, praticada geralmente em águas sem muitas ondas.
A origem do nome “Montão de Trigo” se deve ao formato da ilha, que, vista de cima, faz lembrar uma quantidade da farinha.
Algumas pousadas próximas aos locais para pegar os barcos em direção a ilha são opções para os turistas. A Pousada Una e a Pousada Montão do Trigo são as opções mais conhecidas.
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Bom, existem, sim pessoas que moram na ilha, mas esse privilégio não é para qualquer um.
Somente quem já era morador local até 2012 é quem têm o direito de uso exclusivo de Montão do Trigo. Aliás, esse foi o primeiro caso de concessão de um Termo de Autorização de Uso Sustentável para os moradores de uma ilha.
Assim como em países como os Estados Unidos, por exemplo, só é possível residir legalmente no local caso é nascido por lá ou quem se casa com algum nativo.
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Além de tudo, os habitantes não podem vender suas casas, pois esta é a garantia de que ninguém poderá tirá-los daquele local.
A ilha também guarda outras curiosidades, como o fato de que a maioria dos moradores tem sobrenome Oliveira.
Isso acontece porque, devido às restrições que impedem pessoas de fora a se tornarem moradores, os nativos acabam se casando entre famílias (primos, tios e sobrinhos).
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Mas como eles se sustentam? Bem, os monteiros vivem quase que apenas da pesca, visto que as águas da ilha são repletas de peixes. Entre as espécies mais fartas estão as garoupas, sororocas, lulas e também o peixe mais tradicional da ilham, as bicudas.
Na mesa, o arroz com peixe e banana é tradição. O que sobra, como parte de renda, é levado pelos moradores para ser vendido na Barra do Una, local a cerca de meia hora dali, navegando.
Refrigeradores não são comuns no local. Fazer esses aparelhos funcionar o dia todo não é fácil, pois a energia vem de placar solares.
A rotina por lá, como é de se imaginar, não é agitada. Na ilha há, além das casas, uma igreja, uma escola e um campo de futebol simples.
Na escola local, todos os alunos necessitam estudar juntos, independentemente da idade, pois há apenas uma sala de aula. A professora chega na ilha na segunda-feira e mora na escola até sexta.
É comum que alguns turistas brasileiros escolham praias nordestinas para passar as férias, mas o litoral paulita também reserva muitos destinos deslumbrantes, com maior proximidade e que garantem muitas experiências.
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