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Descubra como a gelatina conquistou o mundo e por que ela continua relevante na cozinha moderna. | Unsplash
A gelatina, feita de tecidos conjuntivos de animais, é um ingrediente que resistiu ao tempo. Mesmo com as mudanças nas preferências alimentares, ela sempre encontra um caminho de volta às mesas ao redor do mundo.
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Da culinária medieval às inovações modernas, a gelatina conquistou seu espaço na história da alimentação. Descubra como esse ingrediente versátil sobreviveu às mudanças de tendências.
A primeira receita conhecida de gelatina vem do Iraque, há mil anos. Lábios de peixe eram fervidos e transformados em uma iguaria gelatinosa, tingida de vermelho com açafrão. "Era uma celebração de cores e sabores", diz Ken Albala, historiador de alimentos.
Desde então, a gelatina se tornou um alimento básico em várias culturas. Feita ao ferver ossos e tecidos conjuntivos, ela libera colágeno, que forma uma rede capaz de reter água. Diferentes concentrações criam texturas variadas.
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Na Europa, a gelatina foi um símbolo de status durante o Renascimento. Receitas elaboradas, como o "ovo de gelatina arco-íris", eram servidas em banquetes luxuosos. No entanto, sua popularidade oscilou ao longo dos séculos.
No século XVII, a gelatina caiu em desgraça, associada a estabelecimentos pouco respeitáveis. Mas, no século XIX, ela retornou às mesas da elite, apenas para ser substituída por tendências modernas no século XX.
Nos Estados Unidos, a Jell-O revolucionou o consumo de gelatina. Em 1915, a empresa lançou a "Salada Perfeita", que incluía repolho e pimentões suspensos em gelatina. "Era visto como moderno e científico", explica Albala.
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A gelatina se tornou um símbolo da era industrial, representando a fé na tecnologia. No entanto, com o tempo, ela também foi associada a pratos considerados artificiais e pouco saudáveis.
Hoje, a gelatina está passando por um novo renascimento. Artistas culinários, como a dupla Bombas e Parr, criam obras de arte com gelatina, desafiando os limites da culinária. "É uma forma de expressão", diz Albala.
Além disso, substitutos vegetarianos, como o ágar, ganharam popularidade. Feito de algas, o ágar oferece uma alternativa sem produtos animais, mantendo a textura gelatinosa.
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De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, a suplementação com gelatina enriquecida com vitamina C pode aumentar a síntese de colágeno no organismo. Isso é benéfico para a prevenção de lesões e acelera a recuperação muscular.
Pesquisadores da Universidade de Zhejiang descobriram que a gelatina pode melhorar a absorção de ferro não-heme, ajudando no tratamento de anemias. Além disso, estudos da Universidade de Lund mostram que ela pode acelerar a recuperação de lesões cerebrais.
A gelatina tem sido usada em embalagens comestíveis, segundo estudos da Universidade de Pequim. Suas propriedades antioxidantes e antimicrobianas a tornam uma opção promissora para a indústria alimentícia.
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No campo médico, a gelatina é usada em sistemas de liberação controlada de medicamentos, como revelado por pesquisas do Instituto de Tecnologia de Israel. Ela também é aplicada na engenharia de tecidos, segundo estudos da Universidade de Harvard.
Se você quer experimentar receitas com gelatina, evite frutas como abacaxi e mamão. "Elas contêm enzimas que impedem a gelatina de endurecer", alerta Albala. Para pratos salgados, experimente suspender vegetais ou carnes.
E se você sonha com um ramen gelatinoso, esqueça. "O macarrão fica duro e crocante", explica Albala. A gelatina extrai a água do macarrão, arruinando a textura.
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A gelatina é um ingrediente que sobreviveu às mudanças de gostos e tendências. Sua versatilidade e história rica garantem que ela continuará a surpreender e encantar as gerações futuras.
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