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Conheça o bairro de SP que ainda preserva ar de interior e tem baixo custo de vida

Localizado na zona sul, esse distrito tem grande parte de seu território formado por Mata Atlântica

Joseph Silva

28/10/2024 às 15:15

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Local foi formado por imigrantes da Alemanha e Japão

Local foi formado por imigrantes da Alemanha e Japão | Prefeitura de São Paulo

São Paulo é, definitivamente, a terra dos contrastes. A mais cosmopolita de todas as cidades brasileiras tem, a 50 km dos vistosos edifícios das avenidas, um pedaço de chão marcado pela pergunta dos visitantes: “não parece uma cidade do interior?”. Conheça a seguir os aspectos que fazem deste bairro um dos poucos da Capital que ainda preservam ar de interior com baixo custo de vida.

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Lá, no extremo sul da capital, ficam os distritos de Parelheiros e Marsilac. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é uma área de 353,5 km², representando quase que 25% dos 1,5 milhão de km² da cidade de São Paulo.

O bairro tem muitas nascentes de água, que fizeram brotar vários pesqueiros e que alimentam as represas Billings e Guarapiranga.

Breve histórico de Parelheiros

O território de Parelheiros, considerado patrimônio ambiental, é estratégico para a vida da cidade, por sua riqueza em recursos naturais.

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Abrange uma área de 353,5 Km2, com ocupação urbana de 2,5% e dispersa de 7,7% (Censo Sease 2001). Situado no extremo sul do município, sua divisa está há cerca de 10 km do mar. De um mirante situado no Parque Estadual da Serra do Mar é possível avistar Itanhaém.

A totalidade de seu território está situada em área de proteção aos mananciais e a região compreende remanescentes importantes de Mata Atlântica.

Assim, Parelheiros mantém grande parte de sua mata nativa, como biodiversidade preservada e área de grande produção agrícola, sendo estratégico para a vida da cidade de São Paulo.

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Isso porque a região equilibra as correntes térmicas com as menores temperaturas e a maior precipitação pluviométrica da cidade. Sua rede hídrica contempla três bacias hidrográficas: Capivari, Guarapiranga e Billings. As duas represas fornecem água para cerca de 25% da população da Região Metropolitana.

A origem de Parelheiros

Parelheiros recebeu este nome devido às diversas corridas de cavalos (parelhas) entre germânicos e brasílicos. Antes era conhecido como Santa Cruz, porque existia uma cruz no local.

Por determinação e convite do governo imperial, um grupo de 200 imigrantes chegou a São Paulo em 1827. Eram alemães, austríacos e suíços que vinham para o estabelecimento de uma colônia agrícola.

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Depois de um ano de estudos e discussões sobre o local onde deveria ser instalada a colônia, o governo provincial optou por uma área distante à cerca de 50 km do centro da cidade, que ficou conhecida como Colônia Alemã.

A posse do território começou com a chegada de 94 famílias alemãs em 1829, cujos remanescentes habitam até hoje a região. Esses primeiros imigrantes extraíam e forneciam madeira bruta para serrarias instaladas em Santo Amaro. Lá, essas toras eram transformadas em móveis e apetrechos para a construção civil.

Sem o apoio do governo e enfrentando toda sorte de dificuldades, a colônia entrou em rápida decadência, levando muitos a deixarem a região. Mais de um século depois, durante a Segunda Guerra Mundial, a denominação Colônia Alemã foi substituída por Colônia Paulista, ou, simplesmente, Colônia. 

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Por volta de 1940, a região passou a receber também imigrantes japoneses, que vieram para explorar a agricultura e também ajudaram no desenvolvimento da região, transformando os distritos de Parelheiros e Marsilac na maior área agrícola de São Paulo.

Cortado por estradas sinuosas e estreitas, é pontilhado por sítios e fazendinhas que produzem lenha, hortaliças, flores e plantas ornamentais.

Hoje, a Igreja Messiânica, de origem nipônica, tem seu maior templo fora do Japão: o Solo Sagrado de Guarapiranga, inaugurado em 1995. 

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Estação ferroviária Evangelista de Souza

No distrito de Marsilac, se localiza a estação ferroviária Evangelista de Souza, que marcou a história do Estado de São Paulo, durante a expansão da Estrada de Ferro Sorocabana.

Fazia parte do ramal Mayrink-Santos, projetado para escoar a produção cafeeira do interior ao porto de Santos – que funciona até hoje – e decisivo na quebra do monopólio da companhia concorrente, a Santos-Jundiaí, conhecida como a “Inglesa”.

Em 1957, foi inaugurado o ramal Jurubatuba-Evangelista, desativado em 1991. O que contribuiria muito para o desenvolvimento da região sua utilização para a construção de um pólo turístico, recreativo, cultural e ecológico.

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Aldeias indígenas em Parelheiros

Além dos brasileiros de todos os estados, distribuídos em 200 bairros, há duas aldeias indígenas Pyau (Krucutu) e Tenondé Porá (Morro da Saudade), de um subgrupo guarani, com cerca de 1 mil pessoas.

As aldeias estão localizadas na estrada da Barragem e mantém vivas sua língua, cultura, religião. Cada uma conta com escola específica para a educação infantil indígena e o Cci – Centro de Educação e Cultura Indígena.

As crianças passam o dia na escola em contato direto com sua cultura, sob a guarda de suas mães e de monitores guarani. A partir dos 7 anos, os meninos e meninas passam a freqüentar a EE Indígena Guarani Gwyrapepo.

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Custo de vida baixo

De acordo com o portal "Zap Imóiveis", o custo de vida em Parelheiros é baixo, especialmente em comparação com os preços de aluguel e compra de imóveis em São Paulo.

Os moradores do bairro possuem os serviços essenciais, lojas de diferentes segmentos e o convívio com a natureza gastando pouco.

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