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Conheça a história de Itabaianinha, a "Capital dos Anões", e sua luta por inclusão e reconhecimento. | Reprodução/Youtube
Com uma concentração incomum de pessoas com nanismo, Itabaianinha se tornou símbolo de resiliência e superação. Conheça os desafios, as conquistas e o legado dessa cidade singular.
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Descubra a fascinante história de Itabaianinha, cidade sergipana que ganhou fama mundial como a "Capital dos Anões". Saiba como o isolamento geográfico e a genética moldaram essa comunidade única.
O povoado de Carretéis, isolado geograficamente, foi o berço do nanismo pituitário em Itabaianinha. Casamentos consanguíneos aumentaram a propagação da Deficiência Isolada do Hormônio (DIGH).
Essa condição genética, caracterizada por membros proporcionais ao corpo, resultou em uma comunidade com estatura média entre 105 e 135 cm. Estima-se que mais de 130 pessoas foram afetadas ao longo de 8 gerações.
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A Deficiência Isolada do Hormônio (DIGH) é causada por uma mutação que impede a liberação do hormônio do crescimento. Isso resulta em uma estatura reduzida, mas com proporções corporais normais.
Em Carretéis, a frequência da DIGH chegou a 1 para cada 32 pessoas, um índice muito superior à média mundial. Essa peculiaridade genética tornou a cidade única.
Itabaianinha ganhou fama como a "Cidade dos Anões" após chamar a atenção da mídia. Documentários e reportagens, como os da CNN em 1993, exploraram as causas do nanismo e o cotidiano dos moradores.
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O italiano Marco Sanvoisin descreveu a cidade como habitada por "criaturas doces e diferentes, que parecem vir de um livro de fadas". A música "Sou de Itabaianinha", da banda Siri Mania, celebrou a identidade local.
Os moradores com nanismo de Itabaianinha sempre buscaram uma vida ativa. Eles trabalham como professores, artesãos, feirantes e até participaram de competições esportivas internacionais.
Dona Pureza, a primeira anã a se casar com um homem de estatura normal, é um exemplo de superação. "Eu queria ter uma família, e graças a Deus eu consegui", relatou.
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Nos últimos anos, a população de anões em Itabaianinha diminuiu. Fatores como controle de natalidade, tratamento hormonal e migração contribuíram para essa mudança demográfica.
O tratamento com hormônio do crescimento permitiu que muitas crianças atingissem estaturas maiores, reduzindo o número de pessoas com nanismo na cidade.
Projetos como o de lei nº 02/2020, proposto pela vereadora Lêda Maria Dantas, buscam preservar a memória da comunidade anã. A monografia de Cleiton dos Santos também contribuiu para esse esforço.
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"A memória, onde cresce a história, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro", destaca o estudo, citando Jacques Le Goff.
Mesmo com avanços, os moradores com nanismo ainda enfrentam dificuldades. A falta de empregos formais e acessibilidade em espaços públicos são barreiras constantes.
"Nós deveríamos ser mais visados pelas autoridades, principalmente em questão de trabalho", lamenta Clécio, um morador da cidade.
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A história de Itabaianinha está intrinsecamente ligada à de seus moradores com nanismo. Eles levaram o nome da cidade para o mundo e mostraram resiliência e talento.
Mesmo com mudanças demográficas, o legado dos "pequenos grandes cidadãos" de Itabaianinha permanece vivo, garantindo que sua história nunca seja esquecida.
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