Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Quatro entre 10 brasileiros adultos apresentam níveis alterados de colesterol | Depositphotos
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, quatro entre 10 brasileiros adultos apresentam níveis alterados de colesterol, que, de modo geral, é considerado alto ao ultrapassar o índice de 200 mg/dL de colesterol total.
Continua depois da publicidade
Ainda que receber um exame indicando que o nível de colesterol está alto seja motivo de preocupação, médicos explicam que os números do exame devem ser analisados com cautela e por especialistas.
“Os níveis de colesterol precisam ser contextualizados com outros fatores de risco, a fim de melhor calcular o risco cardiovascular do paciente. Então, não vale apenas olhar isoladamente para os valores laboratoriais”, explica Alexandre Calandrini, médico de família da Sami Saúde.
O cardiologista Nilton José Carneiro, do Hospital Santa Catarina Paulista completa: “A gente tem que saber que esses valores são baseados nos valores que a maioria da população apresenta. No entanto, para o colesterol, o que deve ser feito hoje em dia, é uma análise para que o médico entenda o seu risco pessoal.”
Continua depois da publicidade
Quando se fala de colesterol, o mais comum é que ele seja associado com situações e efeitos negativos. Porém, o colesterol exerce um papel importante no organismo.
“O colesterol é um tipo de gordura presente no organismo todo, com um papel fundamental na função de diversas células e na composição de alguns hormônios. No entanto, quando ele aparece em excesso, ou predominantemente sob uma forma, é preciso ficar alerta”, esclarece Nilton.
O colesterol é dividido em alguns tipos e subtipos, dentre as quais as principais são LDL e HDL, que podem ser descritos como as divisões da lipoproteína do colesterol por baixa densidade, o low density lipoprotein (LDL), e o de alta densidade, o high density lipoprotein (HDL).
Continua depois da publicidade
O LDL, conhecido como colesterol ruim, pode se acumular nas paredes das artérias, enquanto o HDL ajuda a remover o LDL do sangue, transportando-o de volta ao fígado para eliminação.
“De uma forma resumida, nós nos preocupamos com ambos em relação a risco cardiovascular, mas inicialmente com o LDL, que seria aquela partícula que está mais associada à progressão de aterosclerose e obstrução dos vasos sanguíneos”, diz Nilton.
Segundo Alexandre, o colesterol se torna perigoso quando o LDL e o HDL entram em desequilíbrio. Em outras palavras, quando há excesso de LDL, o que forma placas nas artérias, aumentando o risco de aterosclerose e problemas cardíacos.
Continua depois da publicidade
Para saber se o colesterol está alto é preciso fazer um rastreio, o que pode ser realizado por meio da coleta de exame de sangue.
O colesterol dito ruim, ou LDL, tem uma porcentagem relacionada aos hábitos de vida, porém, a maioria é genética.
“O LDL tem uma porcentagem muito grande da sua quantidade relacionada a fatores genéticos, mais da metade da sua quantidade se deve à tendência genética. Porém, podemos trabalhar para diminuir o restante, o que seria aproximadamente 30%”, explica Nilton.
Continua depois da publicidade
Alexandre completa: “em alguns casos, como na hipercolesterolemia familiar, as mutações em genes que regulam o metabolismo do colesterol são afetadas. Quem tem essa condição, tem níveis elevados de colesterol LDL desde a juventude.”
Dentre os fatores, para além da genética, que podem impactar o colesterol estão: a adoção de uma dieta rica em gorduras saturadas e trans, falta de exercício físico, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
O tratamento do colesterol alto envolve mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicamentos. Já a prevenção requer a prática de exercícios físicos, a adoção de uma dieta saudável e, até mesmo, evitar o estresse.
Continua depois da publicidade
“O estresse crônico pode impactar negativamente os níveis de colesterol. Neste sentido, tentar levar uma vida mais leve, com técnicas como meditação, controle de respiração e até yoga podem contribuir para esse equilíbrio”, aconselha Alexandre.
A adoção de uma dieta saudável é essencial para manter os níveis de colesterol sob controle, especialmente o LDL, ou colesterol ruim. Neste sentido, a nutricionista Ramiele Calmon, que dá dicas no perfil @ramielecalmonnutricionista, indica uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes.
Alimentos que têm maior concentração de fibras solúveis, como aveia, cevada, chia e gorduras saudáveis também ajudam a diminuir o colesterol ruim.
Continua depois da publicidade
“As gorduras saudáveis podem ser encontradas nas nozes, no abacate, nas castanhas e nos peixes ricos em ômega, como salmão e sardinha. Indico incluir também os azeites extravirgem, pois eles ajudam no controle dos níveis de colesterol ruim por ter gordura mono e poli saturada”, diz Ramiele.
Dentre os alimentos que devem ser evitados, a profissional destaca aqueles ricos em gorduras trans, como os alimentos processados, frituras, margarinas, biscoitos industrializados e qualquer tipo de fast food.
Carne vermelha, manteiga, queijo e produtos lácteos devem ser consumidos com moderação.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade