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Bairro da Liberdade, em São Paulo 07.06.98 | Greg Salibian/Folhapress
O bairro da Liberdade como conhecemos atualmente começou a se desenhar na década de 1970, quando foram instaladas as icônicas lanternas orientais.
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Os primeiros japoneses, entretanto, começaram a desembarcar no Brasil muito tempo antes, em 1908, fugindo da fome que assolava o Japão.
A presença oriental, especialmente japonesa, mas também chinesa e coreana, é possível ser encontrada em muitos pontos comerciais do bairro da Liberdade, como nas sugestões a seguir.
Criada em 1975, a Feira da Liberdade acontece todos os sábados e domingos, das 10h às 18h, na saída do metrô Liberdade-Japão.
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Nela, é possível encontrar barracas de artesanato de origem japonesa, artigos orientais diversos, apresentações musicais, entre outros. Mas, as estrelas do lugar são as barracas de comidas típicas.
Tempurás, guiozas e temakis são encontrados em diversos bosques, mas também é possível provar takoyaki (um bolinho japonês recheado de polvo ou camarão), yakissoba e doces, como o doce de feijão.
O Museu da Imigração Japonesa abriu as portas em 1978, após uma grande campanha de arrecadação de recursos realizada no Brasil e no Japão.
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Administrado pelo Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social), o Museu possui um acervo de 97 mil itens pertencentes aos imigrantes japoneses, tais como documentos, fotos, utensílios domésticos, quimonos, entre outros.
O Museu ocupa os 7º, 8º e 9º andares do prédio do Bunkyo, na rua São Joaquim, 381. Às quartas-feiras, a entrada do Museu é gratuita.
Inaugurado em julho de 2023, o Sato Cinema também funciona no prédio do Bunkyo, contando com poltronas estilo retrô, que comportam até 750 pessoas.
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No espaço são reproduzidos filmes relacionados à cultura asiática, legendados ou dublados em português.
Localizado na rua São Joaquim, 285, está o Templo Busshinji, que é a sede da Missão da Escola Sotozen para a América do Sul.
Nele, é possível participar de algumas cerimônias abertas ao público, como a Cerimônia Memorial Mensal.
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O bairro da Liberdade tem cada vez mais se firmado como um polo gastronômico da cidade de São Paulo. Por lá, é possível encontrar restaurantes tradicionais, bem como lugares da moda, com cenários e comidas exuberantes para postar no feed das redes sociais.
No Lamen Kazu, por exemplo, é possível provar lamens tradicionais, como os servidos no Japão. Já no Rong He, o foco é totalmente na culinária chinesa.
Entre os estabelecimentos mais modernos, destaque para o Eat Asia Liberdade, que serve hambúrgueres e pratos tradicionais da culinária japonesa e chinesa, além de ter na entrada um café da Hello Kit, com todos os itens temáticos da personagem.
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Itens de decoração, papelaria, mangás, fantasias de personagens japoneses, comidas típicas. Estes são só alguns exemplos do que é possível encontrar nas lojas de produtos típicos orientais espalhadas pelas ruas do bairro da Liberdade.
Para quem procura por produtos importados de culinária, uma boa pedida é a Casa Bueno, na rua Galvão Bueno, 48. Aberta há 20 anos, a loja costuma lotar aos finais de semana de gente à procura de balas, chocolates, bebidas, lamen, massas, molhos, salgadinhos, produtos naturais, entre outros, vindos de países do Oriente.
Já a Livraria Sol é referência para quem procura mangás, publicações japonesas e itens de papelaria. Fundada em 1949, na Praça da Liberdade, no início, ela importava livros japoneses dos Estados Unidos.
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Apesar de ser conhecido como um bairro oriental, a presença da cultura negra também pode ser vista no bairro da Liberdade. Isso porque, antes da chegada dos imigrantes, a localidade teve sua história entrelaçada com o período da escravidão.
Na região havia, por exemplo, um Pelourinho e o Largo da Forca. O primeiro continha postes onde os escravizados eram castigados; enquanto o segundo era assim nomeado por abrigar uma forca utilizada para a execução de quem era condenado à pena de morte.
Mais tarde, nos séculos 18 e 19, o bairro recebeu as casas dos primeiros negros alforriados.
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A Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, ou Capela dos Aflitos, como é popularmente conhecida, está localizada entre a Rua Galvão Bueno e a Rua da Glória, na Rua dos Aflitos, 70.
Originalmente, porém, ela ficava no centro do Cemitério dos Aflitos, que era reservado ao sepultamento de escravizados, indígenas e de condenados à morte na forca. O cemitério funcionou entre 1775 e 1858, quando foi inaugurado o Cemitério da Consolação.
Hoje, a capela funciona de segunda a sábado, as 9h às 16h, e aos domingos, das 9h às 18h. As missas acontecem às segundas-feiras, às 12h e às 15h.
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Inaugurada em 2022, a estátua de bronze é uma homenagem à ativista do movimento negro e sambista Deolinda Madre, conhecida como Madrinha Eunice.
A estátua está localizada na Praça da Liberdade e a figura de Madrinha Eunice está ligada ao surgimento da escola de samba Lavapés Pirata Negro, a mais antiga de São Paulo, fundada em 1937.
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