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Transtorno de ansiedade traz sofrimento ao paciente | rawpixel.com/Freepik
A ansiedade é uma emoção natural do ser humano, que nos faz prestar atenção e nos deixa prontos para agir em momentos de perigo ou estar preparado para situações importantes. Porém, em excesso, ela pode indicar que algo não está bem.
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Álvaro Cabral Araújo, psiquiatra e pesquisador do Programa Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que quando a ansiedade começa a ocorrer de forma exagerada, ela traz sintomas emocionais e físicos.
“Nesses casos, em vez de preparar a pessoa para enfrentar o perigo, essas emoções geram sofrimento e prejuízos”, afirma o doutor em neurociências e comportamento pelo Instituto de Psicologia da USP. Isso é classificado como transtornos relacionados ao medo e à ansiedade.
Essa perda do controle afeta nossa saúde mental. Segundo o Datafolha, cerca de um terço dos brasileiros sofre de ansiedade.
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E quais são esses sintomas? Segundo o profissional são: percepção distorcida de perigo, angústia, inquietação, medo ou pânico. Além desses há também os sintomas físicos, como aperto no peito, falta de ar, aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, tremores, formigamento e sensação de tontura ou desmaio.
“A percepção distorcida de perigo é quando a avaliação da situação acontece de forma distorcida. Por exemplo, a pessoa considera perigoso algo que não é”, explica Araújo.
Uma das dificuldades, segundo o psiquiatra, para identificar o transtorno é a demora em buscar ajuda profissional correta. Isso porque muitas vezes o paciente percebe mais o sintoma físico e busca outra especialidade médica.
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“A sensação de aperto no peito e taquicardia pode ser erroneamente interpretada como um problema cardíaco, fazendo com que a pessoa busque por atendimento com um cardiologista", revela o médico.
"Em ataques de pânico, é comum que o paciente procure por um serviço de urgência acreditando estar infartando ou tendo um AVC (acidente vascular cerebral)”, exemplifica.
Uma das dúvidas mais comuns na hora de procurar orientação médica é qual profissional procurar primeiro. Álvaro Cabral Araújo conta que não há uma regra, o importante é estar atento à qualificação profissional do especialista.
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“Tanto o psicólogo com boa formação, quanto o psiquiatra com boa formação vão saber a hora de encaminhar para o outro profissional”, garante.
O psicólogo é quem vai conduzir as sessões de psicoterapia, enquanto o psiquiatra é quem cuida da parte médica e pode fazer o tratamento medicamentoso. O que o paciente não pode fazer é deixar de procurar ajuda profissional.
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