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Até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de brasileiros sejam diagnosticados com demência | Freepik
O brasileiro está vivendo mais. Se por um lado, o aumento da expectativa de vida é algo para comemorar, por outro, ele traz alguns desafios, como o número maior de pessoas vivendo com demência.
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Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em setembro, cerca de 8,5% da população brasileira com mais de 60 anos convive com algum tipo de demência, o que equivale a aproximadamente 2,71 milhões de pessoas.
Até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de brasileiros sejam diagnosticados com a doença. Para atenuar os riscos, é preciso mudanças no estilo de vida agora.
Para diminuir os riscos de desenvolver demência no futuro, médicos e especialistas são unânimes em acentuar a adoção de um estilo de vida saudável. Neste sentido, vale adotar os seguintes hábitos:
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Ter uma boa noite de sono é essencial para uma vida saudável. Segundo especialistas, adultos devem dormir entre 7 e 9 horas por noite. A alimentação é outro ponto importante para prevenir a demência e a saúde mental, em geral.
“Dietas balanceadas ajudam na prevenção e recuperação de transtornos mentais. Elas não só otimizam as funções cerebrais, mas também afetam aspectos importantes como memória, disposição e o controle das emoções, elementos essenciais para a qualidade de vida", explica o nutricionista Brian Sumner, da clínica Atma Soma.
Aprender a impor limites, reservar um momento para o autocuidado e praticar atividades ligadas ao relaxamento são algumas maneiras de lidar com o estresse do dia a dia.
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É importante ainda buscar ajuda especializada para lidar com a ansiedade, por exemplo, visto que há estudos que sugerem maior risco de desenvolver demência por quem sofre do problema.
Para prevenir a demência é essencial manter o cérebro sempre ativo. Segundo o médico-psiquiatra Pércio de Deus, do hospital Nossa Senhora de Fátima, vale ler com frequência, aprender novos idiomas e assuntos e até mesmo aprender a tocar um instrumento musical.
“A música e a prática de instrumentos musicais são grandes aliados. O grande cantor Tonny Bennett (1926 – 2023) já estava em alguma fase da demência, mas há relatos de que era só começar a música e ele a cantava imediatamente”, comenta.
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Ter amigos é importante em todas as fases da vida, mas com o passar dos anos, as relações sociais se tornam ainda mais imprescindíveis.
"A interação social regular estimula a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, conhecidos por promoverem sensações de prazer e bem-estar”, explica Aline Sabino, psiquiatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Aline lembra ainda que a amizade também oferece um sistema de apoio vital em momentos de estresse e adversidade.
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Segundo especialistas, a prática de exercícios deve ocorrer diariamente, visto que além de trazer benefícios para a saúde do corpo, eles também são um fator de proteção para o cérebro.
“É importante conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com alguns pontos importantes como atividade física, alimentação, consumo de álcool, poluição e doenças como depressão, que podem influenciar no desenvolvimento da doença”, orienta a médica endocrinologista Alessandra Rascovski, presidente do Instituto Rascovski e diretora médica da clínica Atma Soma.
De acordo com Alessandra, se tais cuidados forem colocados em prática é possível reverter 40% dos casos de demência no mundo e 48% no Brasil.
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Ao contrário do que muita gente pensa, demência não é sinônimo de Alzheimer. O Alzheimer é, na verdade, um dos tipos da doença, que pode ter várias apresentações, algumas com evolução mais leve, ou lenta, e outras mais agressivas.
“A demência pode ser definida como um conjunto de sintomas que afetam o cérebro, resultando em problemas de memória, raciocínio, comportamento, linguagem, motricidade, entre outros”, explica Pércio, em entrevista à Gazeta.
Além do Alzheimer, o médico destaca a demência vascular (envelhecimento das artérias cerebrais), a demência frontotemporal (que promove perda progressiva de neurônios) e a demência dos corpos de Lewy (formação de substâncias nocivas ao cérebro).
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Doença de Parkinson e doença de Huntington também são tipos de demência.
A demência não tem um causador único, há várias doenças e fatores de risco relacionados, como a idade avançada, histórico familiar, doenças cardiovasculares, diabete, uso de cigarro, incluindo o cigarro eletrônico, e a falta de exercícios físicos.
No que diz respeito aos primeiros sinais de demência, Pércio relata os seguintes:
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Pércio lembra que familiares e amigos devem prestar atenção a tais comportamentos, visto que o tratamento precoce pode resultar em melhor qualidade de vida.
“Diagnosticadas no início, a evolução destes quadros demenciais pode ser melhorada com modernas terapias”, finaliza o médico.
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