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Ao todo, existem mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva no País | SHVETS production/Pexels
O dia 23 de abril é o Dia Nacional de Educação de Surdos, também conhecido como Dia Nacional do Deficiente Auditivo. O objetivo da data é dar maior visibilidade e representação para a classe e relembrar as conquistas da comunidade com a integração de práticas inclusivas no ensino regular.
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Ao todo, existem mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva no País, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). A comunidade surda também inclui as demais pessoas que compartilham da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ou seja, seus familiares, tradutores, intérpretes e quem desenvolve interesse na língua.
De acordo com o IBGE, a população brasileira é composta por 5% de pessoas que são surdas, ou seja, mais de 10 milhões de cidadãos, dos quais 2,7 milhões possuem surdez profunda, portanto, não escutam absolutamente nada. Veja abaixo mais informações sobre a data.
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No Brasil, os surdos só tiveram acesso à educação durante o Império, no governo de Dom Pedro II, com a primeira escola de educação de meninos surdos, que surgiu em 26 de setembro de 1857, na antiga capital do País, o Rio de Janeiro.
Com a fundação do Imperial Instituto de Surdos-Mudos (atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES), se iniciou o processo de educação formal dos surdos no Brasil, que passaram a ter uma instituição de ensino especializada para sua educação.
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O Dia Nacional da Educação de Surdos ocorre em 23 de abril, um dia antes do Dia Nacional da Libras, celebrado em 24 de abril. Nesta data, em 2002, a Lei 10.436 reconheceu a língua brasileira de sinais como meio legal de comunicação e expressão.
Muitas vezes os termos “surdo” e “deficiente auditivo” são tratados como sinônimos, porém, na realidade não é bem assim.
Existe um grande grupo de pessoas que, apesar de terem em comum a perda parcial ou total da capacidade de ouvir, levam vidas completamente diferentes.
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Seguindo os critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), deficiência auditiva equivale à redução na capacidade de ouvir sons em um ou ambos os ouvidos. Assim, pessoas com perda auditiva, que varia de leve a severa, se enquadram no grupo com deficiência auditiva.
Geralmente, quem se inclui nesse espectro se comunica pela linguagem oral e faz uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares – dispositivos eletrônicos parcialmente implantados capazes de transformar sons em estímulos elétricos enviados diretamente ao nervo auditivo.
A surdez, por sua vez, é mais aguda: definida como a ausência ou perda total da capacidade de ouvir em uma ou ambos os ouvidos.
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O aumento do quadro de perda auditiva se deve, em parte, ao processo de envelhecimento, um fato que atinge a população em nível mundial. Baseado nisso, segundo a OMS, a expectativa é de que 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez até 2050.
Considerando este cenário, são crescentes as propostas de novas tecnologias comunicativas e formas de comunicação, com foco na busca por igualdade e acessibilidade.
O destaque mais conhecido é a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ela tem sua origem baseada na linguagem de sinais francesa e é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro com o propósito de realizar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva.
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No fim da década de 1970, baseado em conceitos políticos, filosóficos e sociológicos surgiu a “Proposta Bilíngue de Educação do Surdo“, que se baseia no fato de que a pessoa com perda auditiva vive numa condição bilíngue e bicultural.
Ou seja, é baseada no fato de que essas pessoas convivem diariamente com duas línguas, por isso, duas culturas: a língua gestual e cultural da comunidade surda do seu país e a língua oral e a cultural ouvinte de seu país.
Dessa forma, é concluído que na educação de crianças surdas é essencial ter um ensino bilíngue, primeiro Libras e, em segundo, a Língua Portuguesa (ou língua do país local).
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A defesa do bilinguismo se deve ao fato da capacidade representativa de Libras para as pessoas com perda auditiva, visto que isso significa uma forma de comunicação que funcional como pré-requisito para outras aprendizagens.
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