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Custo é um dos motivos que faz com que municípios adotem emissários submarinos | Divulgação/Sabesp
Você já ouviu falar de emissários submarinos? Eles exercem um papel importante quando o assunto é tratamento de esgoto, sendo que o estado São Paulo conta com oito exemplares espalhados em seu litoral.
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De acordo com o site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), os emissários submarinos são sistemas de disposição oceânica, utilizados para lançar o esgoto sanitário no mar.
Vale esclarecer, contudo, que antes do esgoto ser despejado no meio do mar, ele passa por um tratamento para perder a maior parte dos coliformes fecais, ficando com menos de 10% da sujeira original. O restante dos resíduos espera-se que seja diluído pelo oceano.
“A ideia é que o esgoto (tratado anteriormente) seja eliminado em alto mar. Isso permite a dispersão controlada, de modo a diluir a concentração, promovendo controle ambiental”, diz o engenheiro civil e ambiental Ariston da Silva Melo Junior.
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Ariston, que é professor do curso de Engenharia da FMU, explica que os emissários costumam ser adotados por terem custos menores do que o sistema tradicional de esgotamento sanitário.
“O sistema tradicional é um processo superior e mais seguro de descarte de esgoto. Porém, tem um custo alto, pois necessita recursos financeiros elevados para implementação de uma estação de tratamento de esgoto avançada”, comenta o professor.
Ele lembra ainda que outro motivo faz muitos municípios litorâneos adotarem os emissários, o fato de que uma estação de tratamento de esgoto avançada precisa de áreas extensas para implementação.
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Dentre as vantagens dos emissários submarinos, o especialista aponta os seguintes fatores:
Já entre as desvantagens, ele destaca a preocupação sobre o tratamento de esgoto realizado previamente, se está sendo feito da forma apropriada.
Em caso negativo, pode ocorrer uma possível contaminação da vida aquática, resultando, inclusive, na proliferação de tubarões perto do emissário. “Algo que vem ocorrendo no Nordeste e é foco de discussão de biólogos marinhos”, comenta Ariston.
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O estado de São Paulo conta com oito emissários submarinos espalhados por seu litoral. Cinco estão na Baixada Santista, sendo três na cidade de Praia Grande, um em Santos e um no Guarujá.
O litoral Norte abriga os outros três emissários, ficando dois em São Sebastião e um em Ilhabela.
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