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Segundo a pesquisa do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a aedes aegypti pode transmitir também a febre da Mayaro | jcomp
Um estudo feito por biólogos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou os primeiros casos de pessoas infectadas com o vírus mayaro em Roraima.
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A pesquisa foi publicada na edição de maio da revista Emerging Infectious Diseases, produzida pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
A investigação coletou 822 amostras de pacientes em estado febril, em Roraima, entre 2018 e 2021. Todos tinham sintomas semelhantes aos da dengue, mas tiveram resultado negativo para a doença.
Desse total, foram identificadas 3,4% das pessoas com mayaro, representando 28 indivíduos contaminados no período. O número é expressivo, pois não havia conhecimento de casos da doença no estado, o que pode apontar para uma sub notificação.
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Mas, há uma possibilidade desta doença vir para as grandes cidades? Veja todos os detalhes sobre o vírus:
O vírus mayaro é uma arbovirose, ou seja, uma doença transmitida por insetos nas regiões tropicais do Caribe e da Amazônia. Seu principal transmissor é o mosquito Haemagogus janthinomys, inseto que também transmite a febre-amarela selvagem.
A febre do mayaro tem sintomas semelhantes aos da chikungunya, como dores no corpo, fadiga, dor e inchaço nas articulações.
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Os dois vírus são considerados "primos", pois pertencem à mesma família, dos togavírus, apesar de terem surgido em regiões diferentes e terem estruturas ligeiramente distintas. O parentesco entre os patógenos é tanto que até a vacina que está sendo desenvolvida é capaz de proteger contra ambos os vírus.
Não há tratamento específico para a febre mayaro. A indicação para os pacientes é permanecer em repouso, com o uso de analgésicos ou drogas anti-inflamatórias apenas para amenizar os sintomas.
A grande parte dos cientistas estão preocupados com o avanço da doença nas cidades, pois, o medo dos pesquisadores é do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, passe a carregar também o mayaro.
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Embora essa transmissão pelo Aedes tenha acontecido em laboratório, o infectologista Bon acredita que é preciso avaliar se o processo ocorre na natureza, já que é preciso ter uma carga viral alta o suficiente para passar para o mosquito, o que ainda não foi demonstrado.
Apesar dos casos inéditos em Roraima, não é a primeira vez que o Brasil vive um surto do vírus mayaro. Em 1955, apenas um ano após a doença ser descoberta, foi documentado um surto de casos em comunidades às margens do rio Guamá e no estado de Belém, com mais de 50 casos em humanos.
O último surto conhecido aconteceu em 2011, em Manaus (AM), com 33 casos confirmados. Desde então, apenas grupos isolados com o vírus foram identificados.
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*Texto sob supervisão de Suzana Rodrigues
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