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Transformada em centro cultural desde 2021, naVila Itororó, é possível observar ruínas arquitetônicas | Mayra Azzi / Acervo Instituto Pedra
A Vila Itororó, uma vila centenária em São Paulo, é o lugar perfeito para quem gosta de unir cultura e história no mesmo passeio. Transformada em centro cultural desde 2021, por lá, é possível observar ruínas arquitetônicas, enquanto aprecia shows e exposições.
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Localizada na região central da cidade de São Paulo, mais precisamente na rua Maestro Cardim, 60, no bairro da Bela Vista, a Vila Itororó foi construída entre 1922 e 1929, tendo como idealizador o filho de imigrantes portugueses Francisco de Castro (1877- 1932).
Considerada a primeira vila urbana da Capital, ela é composta por 37 casas e um palacete, distribuídos em 4,5 mil m². Sua construção aproveitou muito material de demolições, incluindo carrancas e ornamentos do antigo Teatro São José, que ficava onde hoje é o Shopping Light.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo, Francisco adquiriu os terrenos do local aos poucos. A ideia era que ele morasse no palacete e alugasse as casas ao redor.
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Francisco também pretendia transformar o lugar em uma espécie de clube, sendo que a vila, inclusive, abrigou a primeira piscina privada de uso público da cidade, abastecida com as águas do riacho do Itororó, que após canalizado passou a correr abaixo da avenida 23 de Maio.
Endividado e sem filhos, Francisco aproveitou pouco seu empreendimento, visto que faleceu em 1932, aos 55 anos. A vila, então, vai a leilão e passa a ser administrada por Augusto de Oliveira Camargo, dono do Hospital Beneficente Augusto de Oliveira Camargo (HAOC), em Indaiatuba.
Augusto seguiu com o negócio de aluguel de Castro, incluindo também o palacete que serviu de morada ao idealizador. O rendimento dos aluguéis era destinado ao Hospital Beneficente.
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Com o passar dos anos, a Vila Itororó, que costumava abrigar bailes da alta sociedade em seus anos iniciais, foi se deteriorando e, de moradia de aluguel de famílias de classe média, passou a abrigar cortiços e invasões.
Em 2002, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) determinou o tombamento da Vila Itororó.
Posteriormente, em 2005, foi a vez do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) transformar a vila em patrimônio histórico.
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No ano seguinte ao tombamento, a saída dos moradores foi definida por meio de um decreto estadual. Após alguns conflitos, a remoção total das famílias que ali residiam finalizou em 2013. Os antigos moradores foram encaminhados para moradias populares na região.
No mesmo ano, o Governo do Estado de São Paulo cedeu o uso do local à Prefeitura de São Paulo, que deu início à restauração da Vila. Parte do espaço passou a funcionar como um centro cultural em setembro de 2021.
Desde então, nas dependências da Vila Itororó, há oficinas livres, ocupações de residências artísticas por coletivos culturais e exposições sobre a história da antiga vila residencial.
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Há também uma unidade do Fab Lab, com um laboratório de fabricação digital contendo impressoras 3D, cortadora a laser, computadores com software de desenho digital CAD, equipamentos de eletrônica e robótica, entre outros.
Além disso, de acordo com a Prefeitura, o Centro de Referência de Promoção da Igualdade Racial presta ali atendimento e orientação multiprofissional em casos de discriminação racial, oferecendo serviços e outras atividades relacionadas à promoção da igualdade.
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