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Os principais exemplos de ultraprocessados são bolachas recheadas, refrigerantes e outras bebidas com sabores artificiais | xxxPatrik
O debate sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados vem aumentando entre nutricionistas e pelas redes sociais. Mas, afinal, o que é esse tipo de comida e por que deve ser evitado?
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Segundo Carlos Augusto Monteiro, coordenador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), alimentos ultraprocessados não são propriamente alimentos.
“São formulações de substâncias derivadas de alimentos, frequentemente modificadas quimicamente e de uso exclusivamente industrial, contendo pouco ou nenhum alimento inteiro e tipicamente adicionadas de corantes, aromatizantes, emulsificantes e outros aditivos cosméticos para que se tornem palatáveis ou hiperpalatáveis”, afirmou o profissional ao portal Drauzio Varella.
Pesquisas da área da saúde divulgadas em 2020 concluíram que o consumo de ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade, eleva o risco de sobrepeso em 23%, de síndrome metabólica - com aumento de risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes - em 79%, de colesterol alto em 102%, de doenças cardiovasculares em 29% a 34% e da mortalidade por todas as causas em 25%.
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O consumo de alimentos ultraprocessados é responsável por aproximadamente 57 mil mortes prematuras de pessoas entre 30 e 69 anos por ano no Brasil, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de Santiago de Chile e publicado no “American Journal of Preventive Medicine”.
Os principais exemplos de ultraprocessados são bolachas recheadas, refrigerantes e outras bebidas com sabores artificiais, salgadinhos, barras de cereais, macarrão instantâneo, gelatinas artificiais e refeições congeladas prontas para o consumo. Todos não são recomendados para nenhuma refeição durante o dia.
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, os alimentos são divididos em quatro categorias em relação ao processamento.
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O primeiro reúne alimentos in natura ou minimamente processados. Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza.
Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Exemplos incluem grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado.
A segunda categoria corresponde a produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Exemplos desses produtos são óleos, gorduras, açúcar e sal.
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A terceira categoria corresponde a produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado, como legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães.
Já a quarta categoria corresponde a produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial, como refrigerantes, bolachas recheadas e macarrão instantâneos. Esses são os ultraprocessados, normalmente ricos em aditivos, açúcar ou sal e podem ser muito prejudiciais à saúde.
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