Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Professor da USP explica consequências da diminuição do crescimento populacional em SP | Rafa Neddemeyer/Agência Brasil
O estado de São Paulo conta com 11,45 milhões de habitantes, de acordo com o relatório mais recente do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O balanço foi divulgado em abril deste ano e inclui a contagem encerrada em 2022. Veja abaixo o quanto a população do Estado cresceu ao longo das décadas.
Continua depois da publicidade
Apesar de continuar sendo o estado mais populoso do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do território paulista está crescendo menos.
Entre os anos de 2010 e 2022, houve crescimento de apenas 0,15%. Para se ter uma comparação, na década de 1950, a taxa de crescimento era de cerca de 5,5%.
Em entrevista ao jornal da USP, o professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, explica que “a variação tem a ver com a taxa de fertilidade caindo".
Continua depois da publicidade
Apesar de o Brasil não ser considerado um país desenvolvido, o efeito é o mesmo observado em países com essa classificação. "A Europa, por exemplo, tem hoje uma taxa de fertilidade que é abaixo da taxa de reposição da população", emenda.
Outro motivo que explica a queda na taxa de aumento populacional são os fluxos migratórios.
“São Paulo atraiu muita gente, assim como o Sudeste de uma forma geral, mas hoje já não tem aquele poder de atratividade que tinha no século 20.”
Continua depois da publicidade
Ainda de acordo com o professor Nakabashi, o resultado observado em 2022 deve se estender aos próximos anos.
Aliás, a variação percentual do número de habitantes deve se tornar negativa, quando há menos bebês nascendo e idosos vivendo mais.
Além do impacto na previdência, o especialista prevê outros efeitos no Brasil causados pelo freio no crescimento populacional.
Continua depois da publicidade
“Certamente vai gerar um crescimento econômico menor. A gente não espera uma queda do PIB, mas espera um menor crescimento dele e menor dinamismo econômico”, finaliza.
* Com informações do Jornal da USP
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade