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A permanência prolongada na ISS afeta diretamente a estrutura musculoesquelética dos astronautas. | divulgação/NASA
Após passarem 286 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore retornaram à Terra e agora encaram grandes desafios de readaptação física.
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Nas redes sociais e em alguns sites, internautas especularam que os astronautas que voltaram para casa envelheceram um pouco mais que o normal.
A Gazeta separou algumas fotos para que você mesmo possa tirar suas dúvidas sobre o suposto envelhecimento rápido dos cientistas.
Segundo matéria feita pelo portal g1, a permanência prolongada na ISS afeta diretamente a estrutura musculoesquelética dos astronautas.
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A falta de gravidade leva à perda de aproximadamente 1,5% da densidade óssea por mês, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Além disso, os músculos sofrem atrofia devido à ausência de esforço contra a gravidade.
Para minimizar esses impactos, a Nasa exige que os astronautas se exercitem cerca de 2,5 horas por dia no espaço, utilizando equipamentos especializados, como esteiras e sistemas de resistência.
Mesmo assim, o retorno à Terra demanda uma reabilitação adicional para restaurar a força e a mobilidade.
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Nos primeiros momentos após o pouso, é comum que os astronautas apresentem dificuldade para se manterem em pé sem apoio.
A perda temporária de coordenação e equilíbrio, aliada a sintomas como tontura e enjoo, são efeitos esperados da exposição prolongada à microgravidade.
Outro efeito característico é a redistribuição dos fluidos corporais, que no espaço tendem a se concentrar na parte superior do corpo, causando o fenômeno conhecido como "moon face", que dá aos astronautas um rosto mais inchado e arredondado.
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Essa alteração também pode afetar a visão, e em alguns casos, os efeitos podem persistir mesmo após o retorno à Terra.
Além disso, a exposição prolongada ao ambiente espacial pode impactar o sistema imunológico, tornando os astronautas mais vulneráveis a infecções e à reativação de vírus latentes.
O sono também é afetado, pois a falta de um ciclo natural de dia e noite e os ruídos constantes da ISS dificultam o descanso adequado, levando alguns astronautas a dependerem de medicamentos para dormir.
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Os desafios enfrentados pelos astronautas após longas missões reforçam a necessidade de pesquisas constantes sobre os efeitos da microgravidade no corpo humano.
A Nasa e outras agências espaciais trabalham no desenvolvimento de estratégias para mitigar esses impactos, especialmente com a perspectiva de missões mais longas, como as planejadas para Marte.
Enquanto a exploração espacial avança, a ciência segue buscando formas de preparar melhor os astronautas para os desafios físicos e fisiológicos impostos pelo ambiente extraterrestre, garantindo que possam retornar em segurança e se recuperar plenamente após suas jornadas.
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