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A picada dessa barata pode doer, mas ela não deve matar | Imagem: The High Fin/Wikimedia Commons
Cientistas do Japão divulgaram estudo sobre um inseto curioso, um predador de topo de cadeia capaz de se alimentar de qualquer coisa que se mexe. Trata-se da barata gigante aquática, de nome científico Lethocerus.
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As maiores baratas do gênero Lethocerus são as grandis e maximus, que podem chegar até 10 centímetros de altura. Saiba mais sobre esse inseto tão assustador!
O estudo da Universidade de Nagasaki reuniu décadas de observações sobre as baratas gigantes. O animal intriga os pesquisadores nipônicos por sua morfologia incomum: para capturar suas presas, suas patas dianteiras são fortes, semelhantes às do marinheiro Popeye.
Outra característica interessante desses insetos é a capacidade de se camuflar. Elas esperam, escondidas, uma possível presa passar. Assim que um animal, como um peixe ou uma tartaruga distraída passam pela frente, elas usam uma toxina para imobilizar a presa.
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E o banquete é variado. Segundo os pesquisadores japoneses, a barata gigante pode chegar a comer pequenos animais como tartarugas e patos, além de pequenas cobras.
Existem mais de 150 espécies de baratas d’água gigantes, todas vivem em águas doces como rios, córregos e até plantações de a A grandis e as maximus vivem na América do Sul, enquanto a americanus é típica dos Estados Unidos e Canadá.
Como locais de água doce são frequentados também por humanos, não são raros os casos de picadas de baratas d’água. A picada é dolorosa, mas não traz maiores riscos à saúde. Um professor da Trinity College declarou que a composição da toxina ainda não é 100% conhecida.
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Como são predadores de topo de cadeia, as baratas gigantes d’água possuem uma função ecológica louvável. O inseto, que parece assustador, na verdade auxilia no equilíbrio ecológico de toda a cadeia alimentar.
Isso significa que, se há um excesso de peixes ou outras presas em um local, o aumento natural da população de baratas gigantes, e depois o declínio, ocorre para manter a cadeia em equilíbrio.
Por outro lado, se a população observada de baratas gigantes estiver muito baixa, é um sinal de alerta para agressões no meio ambiente, como poluição ou espécies invasoras desequilibrando a cadeia.
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“Podemos conservar ecossistemas inteiros por meio da conservação de baratas-d’água gigantes” afirma Shin-ya Ohba, autor do estudo.
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