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Tremor chegou a ser sentido em algumas regiões de São Paulo | depositphotos
Na noite de quinta-feira (18/7), moradores de São Paulo relataram nas redes sociais terem sentido tremores de terra. Esses tremores foram consequência de um terremoto de magnitude 7,3 que ocorreu na região de Antofagasta, no Chile.
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A Defesa Civil de São Paulo confirmou que os tremores na capital ocorreram em várias regiões, mas foram de intensidade leve e de baixo risco. De acordo com o Centro de Sismologia da USP, o tremor tem relação direta com o terremoto chileno, que ocorreu a uma profundidade de 100 quilômetros.
Embora o Brasil não esteja localizado em uma região conhecida por intensa atividade sísmica, como o Círculo de Fogo do Pacífico, o país não está completamente isento de tremores de terra. Eventos como o ocorrido em São Paulo são menos comuns, mas não inéditos.
O Brasil está situado no centro de uma grande placa tectônica, o que normalmente resultaria em baixa atividade sísmica. Ainda assim, ocorrem tremores de terra em diversas regiões do país, devido a falhas geológicas, reativação de antigas estruturas tectônicas e o reflexo de terremotos ocorridos em outros países.
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O Brasil possui várias zonas sísmicas com falhas geológicas. Essas falhas são fraturas na crosta terrestre e, quando se movimentam, podem causar tremores. Um exemplo é a zona de cisalhamento Pernambuco-Leste, que atravessa o estado de Pernambuco, onde a cidade de Caruaru frequentemente registra tremores.
Outro exemplo é a Zona Sísmica Goiás-Tocantins. Em outubro de 2010, Mara Rosa, uma cidade no norte de Goiás, experimentou um terremoto de magnitude 5, o mais intenso registrado no país nos últimos 30 anos. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) identificaram uma falha geológica a três quilômetros de profundidade na região, apontando para uma instabilidade geológica.
Esta área concentra 10% dos terremotos registrados no Brasil, frequentemente atribuídos à proximidade do Lineamento Transbrasiliano, uma longa cicatriz geológica que atravessa o Brasil e se estende até a África.
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Os tremores sentidos em São Paulo ilustram como grandes terremotos em outros países podem causar tremores em regiões distantes. Quando um terremoto forte acontece, ele gera ondas sísmicas que viajam por longas distâncias pela crosta terrestre.
Essas ondas podem causar tremores em lugares bem longe do epicentro. Por exemplo, em 2018, um terremoto de magnitude 7,6 no Mar do Caribe, perto de Honduras, desencadeou tremores no norte da Costa Rica. Em 2023, um terremoto de magnitude 7,8 na fronteira entre Turquia e Síria também causou tremores na Costa Rica.
Esses fenômenos ocorrem porque as ondas sísmicas de grandes terremotos podem alterar as falhas geológicas em locais distantes, especialmente em áreas já vulneráveis. Essas ondas, ao viajarem pela crosta terrestre, podem causar um aumento no estresse sobre essas falhas, desencadeando tremores adicionais em locais distantes.
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Isso mostra que, mesmo em lugares como o Brasil, que não têm alta atividade sísmica, os efeitos de grandes terremotos em outros países podem ser sentidos. Por estarem localizados longe das fronteiras das placas tectônicas mais ativas, os tremores sentidos no Brasil geralmente são leves e de baixo risco. No entanto, é importante continuar monitorando e estudando esses fenômenos para estar preparado para eventuais tremores, mesmo que sejam menos intensos.
Os terremotos no Brasil são relativamente fracos comparados aos maiores eventos sísmicos do mundo. Por exemplo, os tremores sentidos em São Paulo após um terremoto de magnitude 7,3 no Chile foram leves e de baixo risco. Isso ocorre porque o Brasil está localizado no centro de uma grande placa tectônica, longe das fronteiras das placas onde os terremotos mais fortes geralmente acontecem.
Apesar de terremotos de grande magnitude serem raros no Brasil, pequenos tremores ocorrem com certa frequência. A maioria dos sismos no país tem origem em falhas geológicas locais e, em menor grau, são consequência de atividades tectônicas em regiões adjacentes, como o Chile.
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Além da zona sísmica Goiás-Tocantins, outras áreas do Brasil, como a Bacia do Pantanal e a zona sísmica do Porto dos Gaúchos, também apresentam atividades sísmicas notáveis. Esses eventos, embora menos frequentes e intensos do que em outras partes do mundo, ainda representam um risco para a infraestrutura e a segurança das populações locais. Monitoramento contínuo e preparação são essenciais para mitigar esses riscos.
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