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Transplante de fezes: como funciona e para quais doenças é indicado

Terapia inovadora restaura a microbiota intestinal e mostra resultados promissores no tratamento de doenças como colite, síndrome metabólica e até condições neurológicas

Raphael Miras

02/12/2024 às 12:27  atualizado em 02/12/2024 às 12:33

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A microbiota intestinal está no centro de diversas funções do organismo, e o transplante fecal é um exemplo do potencial da ciência em explorar soluções inovadoras para promover saúde e bem-estar.

A microbiota intestinal está no centro de diversas funções do organismo, e o transplante fecal é um exemplo do potencial da ciência em explorar soluções inovadoras para promover saúde e bem-estar. | Reprodução/YouTube/BBC Earth Science

O transplante de fezes, também conhecido como transplante de microbiota fecal, é um tratamento inovador que consiste na transferência de fezes de um doador saudável para o trato intestinal de um receptor. 

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Essa técnica tem ganhado destaque na medicina moderna devido à sua eficácia no tratamento de doenças intestinais e ao potencial de aplicação em outras condições metabólicas, imunológicas e até neurológicas.

A Gazeta vai te mostrar tudo sobre este novo transplante na medicina que está salvando vidas de muitos pacientes. Confira:

Como funciona e qual o objetivo do transplante fecal

O procedimento visa reequilibrar a microbiota intestinal, que é o conjunto de bilhões de bactérias que vivem no intestino e desempenham papéis cruciais para a saúde. 

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A flora intestinal saudável não apenas promove a digestão, mas também influencia o sistema imunológico, o metabolismo e o funcionamento do sistema nervoso.

O desequilíbrio na microbiota — conhecido como disbiose — pode ser causado por uma dieta inadequada, uso excessivo de antibióticos e estresse, contribuindo para o surgimento de doenças. 

Por isso, o transplante de fezes surge como uma solução para restabelecer esse equilíbrio, promovendo a colonização de bactérias benéficas.

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Principais indicações do transplante fecal

Segundo o gastroenterologista Antonio Carlos Moraes, o transplante fecal pode ser um bom tratamento para algumas doenças citadas a seguir:

1. Colite pseudomembranosa

Essa condição é provocada pela bactéria clostridium difficile e é comum em pacientes hospitalizados que fazem uso prolongado de antibióticos. 

A infecção causa inflamação no intestino, levando a sintomas como febre, dor abdominal e diarreia persistente. 

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Quando os tratamentos convencionais falham, o transplante fecal tem mostrado ser uma alternativa eficaz, ajudando a reestabelecer rapidamente a microbiota saudável.

2. Doenças inflamatórias intestinais

Doenças como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, que afetam milhões de pessoas, podem ter um componente bacteriano associado. 

Estudos apontam que o transplante de fezes pode ser uma ferramenta valiosa, especialmente em casos graves ou resistentes a outros tratamentos.

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3. Síndrome do intestino irritável (SII)

Embora a SII tenha causas variadas, incluindo fatores genéticos e psicológicos, a microbiota intestinal desempenha um papel crucial em sua manifestação. 

Pesquisas sugerem que o transplante fecal pode trazer alívio significativo para pacientes com essa síndrome, embora mais estudos sejam necessários para validar sua eficácia.

4. Obesidade e síndrome metabólica

Alterações na flora intestinal podem contribuir para o ganho de peso e a dificuldade de emagrecer. O transplante fecal tem sido investigado como uma possível abordagem para tratar obesidade, diabetes tipo 2 e outras condições relacionadas à síndrome metabólica.

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5. Autismo e doenças neurológicas

Evidências iniciais indicam que o transplante de fezes pode influenciar positivamente condições como o autismo e doenças neurológicas, como Parkinson e esclerose múltipla. 

Embora os resultados sejam promissores, pesquisas mais aprofundadas são necessárias para confirmar essa relação.

Como o procedimento é realizado

O transplante é feito introduzindo fezes processadas e diluídas em soro fisiológico no intestino do paciente. O material pode ser administrado por meio de colonoscopia, endoscopia, clister retal ou sonda nasogástrica. 

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Antes do procedimento, o doador é rigorosamente avaliado para garantir a ausência de doenças infecciosas.

A Netflix criou um documentário em que o transplante de fezes é explicado em detalhes. Veja a trailer a seguir.

Cuidados para manter a saúde intestinal

Embora o transplante de fezes seja uma alternativa inovadora, prevenir o desequilíbrio da microbiota é essencial. 

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Uma dieta rica em fibras, com frutas, vegetais e grãos integrais, e a redução do consumo de alimentos ultraprocessados são fundamentais. 

Além disso, o uso consciente de antibióticos ajuda a preservar as bactérias benéficas no intestino.

O futuro do transplante fecal

Com avanços na pesquisa, o transplante de fezes pode expandir suas aplicações para tratar condições ainda não exploradas, como doenças hepáticas e infecções bacterianas resistentes. 

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O procedimento, já consolidado em alguns tratamentos, continua a ser investigado como uma solução promissora para desafios médicos complexos.

A microbiota intestinal está no centro de diversas funções do organismo e o transplante fecal é um exemplo do potencial da ciência em explorar soluções inovadoras para promover saúde e bem-estar.

Fonte: Tua saúde

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