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A microbiota intestinal está no centro de diversas funções do organismo, e o transplante fecal é um exemplo do potencial da ciência em explorar soluções inovadoras para promover saúde e bem-estar. | Reprodução/YouTube/BBC Earth Science
O transplante de fezes, também conhecido como transplante de microbiota fecal, é um tratamento inovador que consiste na transferência de fezes de um doador saudável para o trato intestinal de um receptor.
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Essa técnica tem ganhado destaque na medicina moderna devido à sua eficácia no tratamento de doenças intestinais e ao potencial de aplicação em outras condições metabólicas, imunológicas e até neurológicas.
A Gazeta vai te mostrar tudo sobre este novo transplante na medicina que está salvando vidas de muitos pacientes. Confira:
O procedimento visa reequilibrar a microbiota intestinal, que é o conjunto de bilhões de bactérias que vivem no intestino e desempenham papéis cruciais para a saúde.
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A flora intestinal saudável não apenas promove a digestão, mas também influencia o sistema imunológico, o metabolismo e o funcionamento do sistema nervoso.
O desequilíbrio na microbiota — conhecido como disbiose — pode ser causado por uma dieta inadequada, uso excessivo de antibióticos e estresse, contribuindo para o surgimento de doenças.
Por isso, o transplante de fezes surge como uma solução para restabelecer esse equilíbrio, promovendo a colonização de bactérias benéficas.
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Segundo o gastroenterologista Antonio Carlos Moraes, o transplante fecal pode ser um bom tratamento para algumas doenças citadas a seguir:
Essa condição é provocada pela bactéria clostridium difficile e é comum em pacientes hospitalizados que fazem uso prolongado de antibióticos.
A infecção causa inflamação no intestino, levando a sintomas como febre, dor abdominal e diarreia persistente.
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Quando os tratamentos convencionais falham, o transplante fecal tem mostrado ser uma alternativa eficaz, ajudando a reestabelecer rapidamente a microbiota saudável.
Doenças como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, que afetam milhões de pessoas, podem ter um componente bacteriano associado.
Estudos apontam que o transplante de fezes pode ser uma ferramenta valiosa, especialmente em casos graves ou resistentes a outros tratamentos.
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Embora a SII tenha causas variadas, incluindo fatores genéticos e psicológicos, a microbiota intestinal desempenha um papel crucial em sua manifestação.
Pesquisas sugerem que o transplante fecal pode trazer alívio significativo para pacientes com essa síndrome, embora mais estudos sejam necessários para validar sua eficácia.
Alterações na flora intestinal podem contribuir para o ganho de peso e a dificuldade de emagrecer. O transplante fecal tem sido investigado como uma possível abordagem para tratar obesidade, diabetes tipo 2 e outras condições relacionadas à síndrome metabólica.
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Evidências iniciais indicam que o transplante de fezes pode influenciar positivamente condições como o autismo e doenças neurológicas, como Parkinson e esclerose múltipla.
Embora os resultados sejam promissores, pesquisas mais aprofundadas são necessárias para confirmar essa relação.
O transplante é feito introduzindo fezes processadas e diluídas em soro fisiológico no intestino do paciente. O material pode ser administrado por meio de colonoscopia, endoscopia, clister retal ou sonda nasogástrica.
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Antes do procedimento, o doador é rigorosamente avaliado para garantir a ausência de doenças infecciosas.
A Netflix criou um documentário em que o transplante de fezes é explicado em detalhes. Veja a trailer a seguir.
Embora o transplante de fezes seja uma alternativa inovadora, prevenir o desequilíbrio da microbiota é essencial.
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Uma dieta rica em fibras, com frutas, vegetais e grãos integrais, e a redução do consumo de alimentos ultraprocessados são fundamentais.
Além disso, o uso consciente de antibióticos ajuda a preservar as bactérias benéficas no intestino.
Com avanços na pesquisa, o transplante de fezes pode expandir suas aplicações para tratar condições ainda não exploradas, como doenças hepáticas e infecções bacterianas resistentes.
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O procedimento, já consolidado em alguns tratamentos, continua a ser investigado como uma solução promissora para desafios médicos complexos.
A microbiota intestinal está no centro de diversas funções do organismo e o transplante fecal é um exemplo do potencial da ciência em explorar soluções inovadoras para promover saúde e bem-estar.
Fonte: Tua saúde
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