Saiba o que é Touro de Bronze: uma das formas de tortura mais cruéis da humanidade

Ao longo da história, a humanidade concebeu métodos de punição tão cruéis que desafiam a compreensão moderna. 

Entre essas práticas, uma das mais lendárias e controversas é o Touro de Bronze, também conhecido como Touro Siciliano ou Touro de Falaris. 

Relatado como uma das máquinas de tortura mais desumanas já imaginadas, sua existência ainda hoje divide historiadores.

O Touro de Bronze: sofrimento elevado ao extremo

A história do Touro de Bronze remonta ao século VI a.C., na cidade de Agrigento, Sicília. A invenção desse artefato macabro é atribuída a Perilo de Atenas, a mando de Falaris, tirano conhecido por sua impiedade. 

O dispositivo consistia em uma estátua de bronze oca no formato de um touro, com uma abertura no dorso para inserir a vítima e outra menor na boca. Uma fogueira era acesa sob a estrutura, assando lentamente a pessoa em seu interior.

Além da dor extrema, o design do touro amplificava os gritos da vítima, produzindo um som distorcido que simulava o mugido do animal.

De acordo com relatos, Falaris teria testado o invento no próprio Perilo antes de utilizá-lo contra seus inimigos, mantendo-o como símbolo de terror e poder. O objetivo era infligir a maior quantidade de sofrimento possível antes da morte inevitável.

Fato ou ficção? O debate histórico

A veracidade da existência do Touro de Bronze é questionada por muitos historiadores modernos devido à falta de evidências concretas. 

No entanto, referências históricas, como os discursos "In Verren" do filósofo romano Cícero, mencionam o dispositivo como prova da crueldade de Falaris. 

Ainda assim, há quem argumente que tais relatos poderiam ter sido exageros políticos para difamar o governante.

Seja ou não uma invenção real, o Touro de Bronze permanece um símbolo atemporal da brutalidade humana.

Outros métodos de punição cruéis

Além do Touro de Bronze, a história registra outras formas de punições aterrorizantes. Veja abaixo as mais famosas:

• Apedrejamento: praticado em alguns países do Oriente Médio e da África, consiste em enterrar a vítima até a cintura e lançá-la pedras até a morte.
• Bota Espanhola: dispositivo de pressão de madeira ou metal com pontas afiadas, aplicado nas pernas e pés da vítima para causar danos irreversíveis.
• Crucificação: popularizada pelos romanos, envolvia açoitamento, carregamento da cruz e fixação por pregos, resultando em uma morte agonizante.
• Esmagamento de Polegares: dispositivo metálico que destruía lentamente os dedos da vítima, utilizado na Europa medieval e durante a escravidão.
• Gaiola Suspensa: os condenados eram colocados em pequenas gaiolas e deixados à mercê do tempo, morrendo de fome, frio ou ataques de animais.

Embora muitas dessas práticas tenham sido abolidas, a existência de punições severas em algumas partes do mundo levanta questionamentos sobre os limites da justiça e da moralidade humana.

A história deixa apenas um sinal, por mais sombrias que sejam certas práticas do passado, a vigilância contra a crueldade ainda é necessária nos tempos modernos.