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As vias internas do parque eram sinalizadas em português, inglês e espanhol, lembrando a famosa Disney World. | Divulgação/Facebook
O Terra Encantada foi, durante seus doze anos de operação, o maior parque temático já construído no Brasil. Localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o parque abriu as portas em 1998, com o sonho de se tornar um grande atrativo turístico, mas encerrou suas atividades em 2010.
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Após anos de altos e baixos, o parque foi demolido em 2016, deixando para trás uma história de promessas não cumpridas.
O parque ocupava uma área de 300.000 m² e contou com um investimento expressivo de US$ 235 milhões, em um projeto que visava se tornar um dos maiores e mais modernos da América Latina.
A meta era atrair até 3,5 milhões de visitantes por ano e gerar um faturamento anual de US$ 70 milhões apenas em bilheteria.
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Com esse objetivo ambicioso, o parque recebeu investimentos de empresas nacionais e internacionais como Garoto, Coca-Cola, Kibon, Kodak, Kaiser/Heineken, BR/Petrobrás, além de apoio financeiro do Bank of America e do BNDES. Ao todo, os empreendedores levantaram US$ 115 milhões para concretizar o projeto.
Embora o Terra Encantada tenha sido projetado com grande expectativa, problemas operacionais surgiram antes mesmo de sua inauguração.
A abertura, que estava prevista para 1997, foi adiada e só ocorreu em janeiro de 1998. Ainda assim, o parque começou a operar com metade das 90 lojas planejadas e apenas cerca de 15 brinquedos em funcionamento.
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O Terra Encantada tinha como temática a cultura e a biodiversidade brasileiras, com personagens e atrações inspirados em animais nativos e lendas folclóricas. As vias internas eram sinalizadas em português, inglês e espanhol, lembrando parques como a Disney World.
Contudo, a gestão enfrentou dificuldades para manter a qualidade esperada pelo público, o que logo impactou a reputação do local.
Com o tempo, o parque passou a acumular críticas pela qualidade de seus serviços e também por falhas de segurança. Logo no primeiro mês de funcionamento, a atriz Ísis de Oliveira sofreu uma lesão grave no brinquedo Cabum, uma torre de queda livre de 67 metros.
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Nos anos seguintes, outros acidentes ocorreram, gerando publicidade negativa e incertezas sobre a segurança das atrações.
Um incidente grave aconteceu em 2005, quando um visitante sofreu traumatismo craniano ao cair da atração Monte Aurora.
Em 2010, um último acidente trágico marcou a história do parque: uma visitante, Heydiara Lemos Ribeiro, de 61 anos, morreu ao cair da mesma atração, o que levou ao encerramento definitivo do Terra Encantada.
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Em 2013, o terreno do Terra Encantada foi vendido às construtoras Queiroz Galvão e Cyrela por cerca de R$ 1,5 bilhão. Dois anos depois, os brinquedos começaram a ser desmontados, e em 2016, o parque foi completamente demolido, marcando o fim do projeto que um dia vislumbrou ser a "Disney brasileira" e terminou em ruínas.
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