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Uma 'febre' atingiu o Brasil nos anos 1990 e começo dos anos 2000: os dispositivos Walkman e Discman, da marca japonesa | Reprodução/Youtube/MRM Eletrônicos
Uma "febre" atingiu o Brasil nos anos 1990 e começo dos anos 2000: os dispositivos Walkman e Discman, da marca japonesa "Aiwa". O sucesso foi tremendo e todos os brasileiros desejavam um destes.
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Os produtos da Aiwa eram inéditos em território nacional, com design, funções e qualidade incomparáveis, além de um preço acessível.
As décadas passadas eram compostas por costumes e novidades como a década de 1960, em que diversas gírias eram frequentemente utilizadas e são pouco conhecidas hoje em dia.
A marca, inclusive, retornou ao Brasil, mesmo que de forma tímida, e reacendeu a nostalgia dos brasileiros. Relembre abaixo.
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Fundada em 1951, a marca japonesa Aiwa se popularizou no Brasil nos anos 1990. Um de seus principais sucessos foi o toca-fitas portátil, chamado de walkman.
Com o tempo a Aiwa se tornou uma febre nacional também com os seus aparelhos de som. Alguns modelos eram extremamente inovadores, chegando a possuir um carrossel capaz de suportar até cinco CDs, uma novidade que o colocava muito na frente da concorrência.
A marca japonesa dominava as vendas nas principais lojas de varejo. Era líder absoluto no mercado e tornava uma missão quase impossível concorrer com eles.
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Contudo, após anos de sucesso, a empresa começou a acumular problemas financeiros. Uma má administração acabou colocando em xeque a existência da empresa com mais de 40 anos de história, em 2008. Em crise, acabou comprada pela sua concorrente, a Sony.
Após isso, a marca acabou deixando o mercado aos poucos, se tornando material de nostalgia e uma relíquia para quem manteve algum dos produtos.
Além da Aiwa, outras lojas também fizeram muito sucesso, mas acabaram fechando as portas.
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Em 2022, a marca retornou ao mercado brasileiro, repondo a saída da Sony, que deixou o Paíos um ano antes.
Atualmente, a Aiwa usa a mesma fábrica que era da Sony, na zona franca de Manaus, que conta com 27 mil metros quadrados. O local pertence ao Grupo MK, que também é dono da conhecida marca Mondial.
Buscando se manter no mercado mais atualizado, a empresa comercializa televisores de última geração, fones de ouvido, sons automotivos e torres e caixas de som com a melhor tecnologia possível.
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Os novos produtos da Aiwa podem ser comprados no próprio site da empresa, em lojas físicas ou lojas online de grandes sites especializados.
A empresa firmou uma parceria com a Polishop, que pretendia entrar no mercado de áudio e vídeo, oferecendo a variedade de produtos eletrônicos.
"Temos certeza que a 'nova Aiwa' vai crescer com rapidez pelo potencial do mercado brasileiro e pela qualidade da marca. Vamos fazer frente às grandes multinacionais que estão aqui" disse publicamente Giovanni Cardoso, cofundador do grupo MK, à época.
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A marca se posiciona no segmento "premium" e concorre com marcas como JBL e LG, com preços que chegam a R$ 3 mil e uma variedade de 17 produtos.
No planejamento de 2024, o grupo MK esperava um faturamento de R$ 6,7 bilhões, com a marca japonesa sendo responsável por R$ 1,4 bilhão.
Walkman - um dispositivo inovador que permitia que todos pudessem ouvir sua música onde estivessem, levando seu aparelho que reproduzia músicas de fitas-cassetes consigo enquanto executava as tarefas do dia a dia.
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Discman - um leitor de CDs portátil, bastante conhecido pela sua praticidade, que chegou para substituir o Walkman, visto que os CDs passaram a ser mais utilizados que cassetes. Foi sucesso até o lançamento do MP3 Player.
Outro produto de sucesso, o aparelho de som possuía, na sua versão completa, quatro em um: uma para discos de vinil, uma com porta-CDs com espaço para cinco, uma para ouvir rádio e uma para reproduzir fita-cassete.
Um homem, que preferiu não se identificar, contou à reportagem que comprou o produto em junho de 1997 (a imagem mostrada na primeira posição da galeria mais acima).
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Considerado um artigo de luxo para os amantes da música, o som saiu por R$ 1039, comprado no supermercado Carrefour, na Via Anchieta, em São Paulo.
Recentemente, ele afirmou que precisou levar o aparelho para o conserto, pois apenas a parte do vinil estava funcionando.
"Rodei por boa parte de São Paulo, mas em muitos locais que ia, os funcionários informaram que nem achavam mais peças para consertar, de tão antigo que é o produto", afirmou ele.
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Após muita busca, ele contou que conseguiu achar uma assistência técnica capaz de resolver o problema, sendo necessário desembolsar R$ 500 para o conserto.
Embora o preço seja salgado, o fato do produto estar funcionando foi celebrado, afinal, é muito difícil de se encontrar um aparelho musical tão versátil e nostálgico como esse.
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