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O maior serial killer do Brasil, o ''Maníaco do Parque'', aterrorizou São Paulo em 1998 | Jorge Araújo/Folhapress
Alguns criminosos famosos como Ted Bundy, serial killer acusado de matar mais de 30 pessoas, ajudaram a popularizar os transtornos de personalidades antissociais, como a sociopatia e a psicopatia.
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O doutor em Ciências do Cuidado em Saúde e especialista em Atenção Psicosocial e Dependência Química Rafael Rodrigues Polakiewicz, explicou um pouco mais sobre a diferença entre os diagnósticos e como são as pessoas com cada um dos transtornos. Veja abaixo.
Segundo o especialista, a sociopatia e a psicopatia são doenças em que o comportamento antissocial e amoral são visíveis, possuindo dificuldade em ter relação interpessoais. Ambas possuem relação de transtorno de conduta.
Algumas consequências das condições poderam gerar ações de condutas agressivas, por meio de violência extrema, como:
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"Eles [os sociopatas e psicopatas] não se importam com a lesão, seja ela qual for", afirmou Polakiewicz.
Manipulações e chantagens emocionais também ocorrem durante todo o tempo.
Em contrapartida, existe ainda o transtorno de personalidade narcisista, em que o indivíduo tem sérias dificuldades em regular a autoestima. Essas pessoas buscam desvalorizar o próximo para se sentirem superiores e elevarem a autoestima.
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A diferença entre eles ainda não é um consenso entre os especialistas, mas o que prevalece é que a psicopatia está muito ligada a fatores genéticos (contudo, alguns estudos apontam que questões graves vividas na infância podem levar a esse estado).
Uma alteração no lobo pré-frontal — parte do cérebro responsável pelas emoções e comportamentos sociais do indivíduo — também é considerada.
Já a sociopatia tende a despertar comportamentos a partir de circunstâncias sociais desfavoráveis ou negativas, como negligência, maus tratos, delinquência, uso de substâncias ilícitas, abuso, entre outros fatores.
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Este transtorno está geralmente relacionado a pessoas que cometem crimes menos graves, normalmente patrimoniais.
Ou seja, a psicopatia estaria ligada a fatores mais genéticos e traumas graves de infância, e a sociopatia estaria ligada ao meio em que a pessoa vive, e suas relações interpessoais.
Segundo o doutor e mestre em psicologia da saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris, Fabiano de Abreu Rodrigues, um em cada 25 indivíduos apresentam sintomas de distúrbio mental destas naturezas (sociopatia, psicopatia ou narcisismo).
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"Os indivíduos que padecem deste transtorno tendem a superestimar as suas habilidades e consideram-se especiais e extraordinários. São pessoas geralmente frágeis, pois necessitam de ser admirados, não aceitam críticas e evitam situações em que sabem que há possibilidade de falhar", disse ele.
A psicopatia está associada a fatores genéticos ou de traumas de infância. Pessoas aparentemente normais, muito educados, inteligentes, com boas posições ou carreiras.
São pessoas:
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O comportamento é extremamente calculista e premeditado, com o maior cuidado para que não sejam descobertos. Um exemplo disso é o famoso caso brasileiro do Maníaco do Parque, que tinha o mesmo modo de agir com todas as vítimas.
Segundo coluna de Valdinei Ferreira, do jornal Folha de S. Paulo, o laudo psiquiátrico do Maníaco do Parque o classificou como psicopata.
Pessoas com esse transtorno, não sentem culpa, nem qualquer outro sentimento, zero emoções.
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Escondem evidências, crimes em série, tenta enganar as autoridades.- cerca de 1% da população em geral no mundo.
Consequências: crimes perversos, frios, calculistas, zero emoções
Desenvolvido durante a vida da pessoa, vulnerabilidade, o contato com as pessoas seria a principal fonte do problema.
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Criam laços e se sentem culpados por agirem contra certas pessoas.
São pessoas:
Possuem empatia, se importam com as pessoas.
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Deixam evidências e na maioria das vezes agem por impulso, sem premeditação. Costumam afetar o patrimônio. Cerca de 4% da população mundial possuem esta condição, com graus diferentes.
Consequências: crimes normalmente patrimoniais, empáticos, vingativos.
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