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Saiba como funciona o Smart Sampa e o que acontece com as imagens que ele pode capturar de você (foto ilustrativa) | Pexels
A prefeitura de São Paulo implantou o Smart Sampa, afirmando ser o maior sistema de monitoramento por câmeras do Brasil, para auxiliar na segurança pública. O projeto utiliza tecnologia de reconhecimento facial para identificar foragidos, prevenir crimes e localizar pessoas desaparecidas.
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Segundo a gestão municipal, o sistema tem mais de 23 mil câmeras espalhadas por pontos estratégicos da cidade.
Desde seu lançamento, até novembro de 2024, ele já contribuiu para mais de mil prisões em flagrante, além de auxiliar na captura de 15 foragidos da Justiça e na localização de 23 pessoas desaparecidas.
As câmeras do Smart Sampa estão conectadas a um banco de dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Quando uma câmera identifica um rosto compatível com um procurado, o sistema emite um alerta automático para a Central de Monitoramento.
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A partir desse alerta, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar são acionados para averiguar a situação. O objetivo é abordar o suspeito rapidamente e verificar se há um mandado de prisão pendente.
Conforme revelado pela Gazeta com exclusividade, a empresa privada Gabriel também fornece imagens de suas câmeras de segurança para o programa Smart Sampa.
Procurada para comentar sobre a parceria entre a Gabriel e a gestão municipal, a prefeitura não respondeu à reportagem.
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Apesar dos resultados positivos, o programa também levanta questões sobre privacidade e transparência. Especialistas apontam que o sistema precisa de mais controle social para garantir que as imagens não sejam usadas de forma indevida.
Em entrevista ao programa da TV Globo, Fantástico, o professor Alexandre Pacheco da Silva, da FGV, afirma que falta transparência no descarte das imagens. Segundo ele, o ideal seria que o sistema fosse monitorado por entidades independentes para evitar abusos.
A prefeitura de São Paulo, por sua vez, garante que o Smart Sampa segue as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As imagens de pessoas que não são procuradas são automaticamente descartadas.
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Recentemente, um foragido da Justiça foi preso na Rua 25 de Março após um alerta do sistema. Ele portava uma arma de fogo e admitiu que pretendia cometer um roubo na região.
Outro caso envolveu um homem que aguardava atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). As câmeras identificaram seu rosto, e ele foi preso por agentes da GCM.
Na zona norte, um homem condenado por homicídio e tráfico foi identificado enquanto esperava atendimento em uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA).
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A equipe da GCM realizou a abordagem e confirmou que ele estava foragido desde 2018.
A prefeitura anunciou que pretende expandir o programa para incluir um novo sistema de monitoramento de agressores de mulheres com tornozeleira eletrônica.
Dessa forma, seria possível acompanhar pessoas com medidas protetivas, aumentando a segurança de vítimas de violência doméstica.
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Atualmente, o Smart Sampa tem um custo mensal de R$ 10 milhões, mas a prefeitura defende que o investimento compensa pelos avanços na segurança.
A gestão Ricardo Nunes (MDB) quer consolidar o Smart Sampa como um dos principais sistemas de monitoramento do Brasil.
O sistema tem ajudado a capturar foragidos e a localizar pessoas desaparecidas. No entanto, especialistas pedem mais transparência e controle social para garantir o uso correto das imagens.
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A discussão sobre segurança vs. privacidade segue em aberto, e o desafio da gestão pública é encontrar um equilíbrio entre tecnologia e direitos individuais.
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