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Temperaturas permanecem altas na Capital | Reprodução/Pixabay
Em 2025, as ondas de calor vêm tomando conta de vários lugares, inclusive na cidade de São Paulo. E um dos grandes motivos está relacionado ao aquecimento global.
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Com esse problema cada vez mais evidente na sociedade, o nível de calor pode ultrapassar os limites do corpo humano. Isso porque o máximo de calor que podemos suportar, segundo a ciência, são 46,1 °C.
No entanto, as altas temperaturas previstas para o mês de fevereiro são assustadoras. Segundo um estudo da USP, a sensação térmica pode atingir até 70 °C.
Confira a seguir, os limites de calor que o corpo humano pode aguentar e como podemos calcular a sensação térmica:
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Em 2010, Huber e Steven Sherwood, cientista climático da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, indicaram que os humanos podem ser mais vulneráveis ao calor extremo do que se pensava.
Conforme os cientistas, o limite de tolerância ao calor, considerando temperatura e umidade, é de 35°C.
Acima desse valor, os mecanismos de resfriamento do corpo falham, podendo levar à insolação e morte em poucas horas, mesmo em condições ideais.
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Outras pesquisas indicam que regiões como China, Índia e Golfo Pérsico podem ter de passar a conviver com esse limite até 2100.
No entanto, experimentos recentes sugerem que a Tw (limite máximo de tolerância ao calor) crítica pode ser ainda menor, em torno de 31°C, tornando o risco ainda mais preocupante.
Idosos são especialmente vulneráveis, como evidenciado pela onda de calor de 2022 na Europa, que resultou em milhares de mortes.
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No Brasil, uma onda de calor entre 12 e 21 de fevereiro deve afetar diversas regiões, aumentando os riscos para a população.
Para determinar a sensação térmica, é necessário considerar dois fatores principais: a temperatura do ar (em graus Celsius) e a umidade relativa do ar (em porcentagem).
Segundo um estudo da USP, a combinação desses elementos resulta na percepção real do calor pelo corpo humano.
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Por exemplo, em uma cidade onde a temperatura atinge 38°C com umidade relativa de 60%, a sensação térmica pode chegar a 55°C. Já em outro local com 41°C e umidade de 40%, a sensação térmica pode ser de 53°C.
Isso demonstra que não apenas a temperatura influencia na percepção do calor, mas também a umidade. Quanto maior for a umidade do ar, mais intenso será o calor sentido.
A tabela desenvolvida pelo Núcleo de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP) organiza esses dados, relacionando temperatura e umidade para indicar a sensação térmica correspondente.
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No ano de 2024, houve recorde de calor. Foi o ano mais quente da história mundial, segundo estudos de cientistas do Instituto Grantham do Imperial College London.
De junho de 2023 até setembro de 2024, todos os meses atingiram a marca dos mais quentes da história do planeta — 13 meses consecutivos — desde o início dos registros, em comparação com os meses correspondentes dos anos anteriores, segundo autoridades da União Europeia.
Alguns dias de fevereiro podem registrar temperaturas recordes na capital paulista. As previsões indicam máximas entre 34°C e 35°C, mas a sensação térmica pode ser ainda mais extrema. A Defesa Civil local chegou a emitir alertas devido à onda de calor.
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De acordo com a tabela elaborada pela USP, a combinação dessas temperaturas com umidade relativa do ar em torno de 85% pode fazer a sensação térmica ultrapassar os 50°C, chegando a impressionantes 56°C em determinados momentos.
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