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Em alguns mármores da Tribuna Social foram encontrados fósseis marinhos de crustáceos e moluscos. | Reprodução/iTechdrones
Fundado em 1875 com o nome de Club de Corridas Paulistano, o Jockey Club de São Paulo fez 150 anos em março de 2025. Além de ser uma referência arquitetônica e cultural, é o maior complexo em Art Déco do planeta com mais de 600 mil m².
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Arte Déco é um movimento francês que teve impacto nas décadas de 1920 e 1930, durante e depois da Segunda Guerra Mundial. Uma das suas principais características foi a produção artesanal dos materiais.
Cada artefato do Jockey foi construído especialmente para o clube. Henri Sajous - arquiteto francês que morou no Brasil -, criou grades florais inspiradas nas folhas de cafeeiro, em homenagem aos primeiros sócios e donos de café.
“Na época da construção do Jockey, a arquitetura partia de um princípio chamado de obra de arte total. Os responsáveis pela edificação desenhavam tudo; edifício, luminárias, ferragens. Então não existem peças que podem ser compradas”, explica Wolney Unes, diretor técnico da Elysium Sociedade Cultural.
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Conhecida pelos grandes arranha-céus de Nova York na década de 20, a Art Déco foi mundialmente difundida pela modernidade. Com características de desenhos industriais com formas geométricas bem definidas e peças únicas.
“As maçanetas das portas são fundidas em bronze, então foi preciso fazer moldes e encomendar fundições artesanais de bronze. No caso das madeiras de imbuia, que estão protegidas, são substituídas por espécies parecidas a olho nu”, esclarece Wolney.
A Elysium Sociedade Cultural é responsável pela restauração do clube desde 2020, sem previsão de entrega.
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A ponte aérea mais movimentada do Brasil teve a sua primeira tentativa dentro do antigo espaço do Jockey.
“Em 21 de abril de 1912, decolava do Hipódromo da Mooca [local que hoje equivale ao Jockey] um aeroplano pilotado pelo Comandante Edú Chaves, com destino ao Rio de Janeiro”, diz o site do espaço.
Naquela época, o clube ajudou a desenvolver o bairro da Mooca. A popularidade do turfe fez com que a prefeitura implementasse a linha Mooca-Centro, para facilitar o deslocamento das pessoas até o Hipismo.
“O Jockey Club de São Paulo sempre esteve presente na história da cidade e do País, a inauguração do complexo foi na data do quarto centenário do município. Com presença de Getúlio Vargas”, afirma Wolney.
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O futuro parque foi incluído na revisão do plano diretor, mas aguarda a formalização do Decreto de Utilidade Pública que está em análise pela Procuradoria do Município. O Jockey tem uma dívida de mais de R$850 milhões, contestada pela administração.
Caso o fim da corrida de cavalos aconteça, a prefeitura pode retomar o terreno. O contrato de cessão de 1941, que ainda está em vigor, diz que o Jockey pode ser desapropriado caso as corridas parem.
A prefeitura de São Paulo quer mudar a função do espaço de corridas para equoterapia. O método utiliza cavalos como terapia para pessoas com transtorno do espectro autista.
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O Jockey Club possui o segundo maior terreno para lazer no coração de São Paulo, perde apenas para o Parque Ibirapuera.
“Essa área livre é importantíssima para a recarga de aquífero. O uso do espaço pelo Jockey Club, garante a manutenção de todo o terreno não construído do clube”, conclui o membro da Elysium Sociedade Cultural.
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