A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 30 Janeiro 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

São Paulo: conheça a metrópole que esconde seus rios

Sob o concreto da maior cidade do Brasil, uma rede de rios e córregos esquecidos conta a história de São Paulo e revela os desafios da urbanização

Raphael Miras

28/01/2025 às 14:16

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Hoje, a Marginal Pinheiros abriga alguns cartões-postais da cidade

Hoje, a Marginal Pinheiros abriga alguns cartões-postais da cidade | Pexels / Sergio Souza / CreativeCommons

São Paulo, a maior metrópole do Brasil, construiu sua história de costas para seus rios. 

Continua depois da publicidade

Estima-se que a capital paulista tenha entre 300 e 500 rios canalizados sob casas, edifícios e ruas, totalizando cerca de 3 mil quilômetros de cursos d'água escondidos. 

A maioria dos paulistanos, especialmente os mais jovens, desconhece a existência desses rios sob seus pés.

Um passado fluvial

A história de São Paulo está intimamente ligada aos seus rios. A cidade foi fundada em uma colina entre os rios Tietê, Anhangabaú e Tamanduateí, originalmente chamada de Vila de São Paulo de Piratininga devido à abundância de peixes. 

Continua depois da publicidade

Por séculos, os rios foram essenciais para transporte, pesca e abastecimento. No início do século 20, nadar e remar no Pinheiros e no Tietê eram atividades comuns.

A troca da água pelo concreto

A transformação da cidade começou no século 20, quando a prioridade passou a ser o desenvolvimento econômico e a expansão urbana. 

Continua depois da publicidade

A partir da década de 1910, os rios começaram a ser canalizados e aterrados para dar lugar a avenidas e edifícios. 

O carro se tornou símbolo do progresso, e a necessidade de vias para veículos levou à construção de avenidas sobre os leitos dos rios. 

O Vale do Anhangabaú, por exemplo, um ponto turístico famoso, recebeu esse nome por causa do Rio Anhangabaú, que corre sob ele.

Continua depois da publicidade

Consequências da invisibilidade

Essa decisão teve um impacto negativo na cidade. A população perdeu a conexão com seus rios, e as novas gerações sequer sabem da existência deles. 

Além disso, o asfalto e o concreto impedem que a água da chuva seja absorvida, agravando as enchentes e levando sujeira para os rios. 

A falta de rios a céu aberto também contribui para a seca, já que a despoluição e a naturalização ajudam a refrescar o clima e aumentar as chuvas.

Continua depois da publicidade

O potencial da revitalização

Felizmente, iniciativas de revitalização de rios estão ganhando força em São Paulo e em outras cidades do mundo. 

A reabertura de cursos d'água é beneficial como a redução de enchentes, aumento do turismo e criação de espaços de convivência. 

O Córrego Pirarungáua, no Jardim Botânico, e o Córrego das Corujas, na Vila Madalena, são exemplos de como a revitalização pode transformar a paisagem urbana e aumentar a biodiversidade. 

Continua depois da publicidade

Experiências em cidades como Paris (com o Rio Sena) e Londres (com o Tâmisa) mostram que é possível recuperar rios que antes eram considerados mortos.

Um futuro com rios vivos

A reabertura dos rios em São Paulo é um processo inevitável. Além de melhorar a qualidade de vida e reduzir os problemas ambientais, essa mudança permitiria que a população se reconectasse com seus rios, impedindo que eles fossem novamente poluídos. 

A proximidade, segundo a diretora da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, Stela Goldenstein, é fundamental para a recuperação dos rios.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados