Sanduíche de Bauru tem lei exclusiva e receita 'tombada'

Quem nunca provou um sanduíche de bauru? Criado nos anos 1930, esse lanche típico de São Paulo ganhou o País, inclusive com diferentes versões, mas tem receita oficial. 

É um dos pratos típicos tradicionais de importantes municípios paulistas, como o Boquinha de Anjo, de Campinas.

Em algumas regiões do Brasil vende-se bauru, mas o pão vai acompanhado de queijo, tomate e orégano. Se você também faz assim, saiba que está errado.

Quem diz isso? A lei. O sanduíche é patrimônio cultural imaterial da cidade que leva seu nome, desde 1998, e do Estado. No município, o Conselho Municipal de Turismo de Bauru (Comtur) é o responsável por conceder a lanchonetes e restaurantes o selo Certificação do Sanduíche Bauru, aos que preservam a receita original.

Segundo o site da prefeitura, possuem o certificado 12 estabelecimentos de Bauru, além de um em Agudos, um em São José do Rio Preto e três unidades do Ponto Chic, na Capital, onde o lanche nasceu.

Lanche surgiu na Capital

O sanduíche que leva o nome de Bauru para todo o Brasil surgiu a mais de 300 km do município. Foi na Capital, em 1936, o início desta história. 

Seu criador é o estudante de direto da Universidade de São Paulo (USP), Casemiro Pinto Neto. O jovem, apelidado de Bauru por ser natural do município, pediu para o atendente Carlos, do famoso bar Ponto Chic, fazer o sanduíche com pão francês, rosbife, queijo derretido e tomate.

O novo sanduíche entrou para o cardápio oficial do estabelecimento como Bauru e, rapidamente, se popularizou e espalhou. 

Nos anos 1950, a receita ganhou um complemente, picles (pepino em conserva). A adição do ingrediente na receita original deu tão certo que foi aceita no Livro de Registro de Saberes, que registra “modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades”.

Receita oficial do Bauru

• Pão francês, sem o miolo na metade superior
• Fatias de rosbife com sal
• Tomate em rodelas, com orégano
• Queijo amarelo derretido na água
• Picles