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Após ser picado por uma cobra peçonhenta (venenosa), a vítima deve procurar imediatamente uma unidade hospitalar que contenha o soro antiofídico para iniciar os primeiros socorros | David Clode/Unsplash
Segundo o Instituto Butantan, após uma vítima ser picada por uma cobra peçonhenta (venenosa), essa pessoa deve procurar imediatamente uma unidade hospitalar para iniciar os primeiros socorros. Sem atendimento, há risco de hemorragia grave que pode levar à morte.
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Existe um tratamento altamente eficaz para o envenenamento, o soro antiofídico, produzido no Instituto Butantan há mais de um século e distribuído por todo o Brasil.
A médica Roberta Piorelli, que atua no Hospital Vital Brazil do Butantan, explica que a informação é extremamente importante para evitar complicações e desfechos mais graves.
“O hospital atende 24 horas por dia todos os dias da semana, além de auxiliar por telefone colegas médicos de outros locais sobre como conduzir o tratamento do paciente e como identificar o animal que causou o acidente, usando fotos. Contamos com um grupo de biólogos no WhatsApp que nos auxiliam com essas identificações diariamente.
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Os pacientes também podem entrar em contato com o hospital para tirar dúvidas sobre acidentes com animais peçonhentos e receber orientações sobre locais de atendimento”, diz a médica.
O soro antiofídico faz parte do tratamento contra acidentes causados por serpente e é realizado em hospitais de todo o Brasil, salvando milhares de vidas todos os anos. O Instituto Butantan produz este, além de diversos outros tipos de soros para combater o veneno de animais peçonhentos.
Dependendo do tipo de cobra que causou o acidente, existe um tipo de soro - afinal, são muitas espécies de cobras. Porém, o processo de produção de cada soro é o mesmo, e a efetividade do produto também.
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No caso da Jararaca, que é a espécie que mais pica no Brasil, por exemplo, existem 33 espécies no País, mas só cinco delas são utilizadas na produção do soro. Com o soro produzido por estas cinco espécies, é possível tratar a picada de todas as 33.
É importante lembrar que esses soros são produzidos com as espécies nativas, ou seja, naturais do Brasil. Em caso de cobras que foram ilegalmente trazidas para o Brasil, é necessário, na maioria dos casos, buscar o antídoto em outro país.
O Instituto Butantan explica que a produção do antídoto é feita em cinco passos:
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O primeiro passo é extrair da serpente o veneno e transformá-lo em antígeno, ou seja, em uma substância capaz de fazer o sistema imunológico reagir, produzindo anticorpos.
Em seguida, os antígenos são aplicados em cavalos, em pequenas doses (sem prejudicar a saúde do animal), para provocar a produção de anticorpos.
A depender do antígeno, será produzido um tipo de anticorpo específico contra cada veneno. Portanto, caso o antígeno tenha sido extraído de uma cobra-coral, o anticorpo produzido combaterá o veneno da cobra-coral e assim sucessivamente. E o processo se repete com as outras espécies.
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Após serem formados anticorpos suficientes no organismo do cavalo, a parte do sangue onde ficam estes anticorpos (chamada de plasma) é retirada para dar continuação na produção.
O plasma é submetido a um processamento industrial, utilizando métodos físico-químicos, obtendo ao final os soros específicos. Os soros antiofídicos são envasados em frascos-ampolas com 10 ml de solução líquida contendo anticorpos purificados.
Após todas as etapas na produção, os soros passam por rigorosos testes de controle de qualidade, para assim garantir que o produto seja totalmente seguro e eficaz.
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Com todas as etapas concluídas e aprovadas nos testes, pronto, o soro está feito.
Desde a coleta do veneno da cobra até o momento do soro estar aprovado nos testes e apto para o uso são passados cerca de 12 meses
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