Catarro: o que significa cada cor e quando buscar ajuda médica

Para muitos, o catarro é algo nojento e desagradável quando estamos com gripe, sinusite ou rinite. Mas para os cientistas e especialistas, o catarro é uma das maravilhas de mecanismo que existe no corpo humano.

Ele pode ser uma protetora para nós, evitando entrada de vírus, bactérias e poeiras que enfrentamos no dia a dia. 

Com mais de 95% de água em peso, o muco reveste todas as superfícies úmidas dentro do corpo — não apenas o nariz, mas também os olhos, ouvidos, garganta, vias aéreas, pulmões, intestino e trato urogenital.

Nesta matéria, você saberá mais sobre este elemento que o corpo humano carrega e como é possível tratá-lo quando ultrapassar dos limites. Confira.

Como o catarro é formado?

O catarro é produzido naturalmente pelo corpo para bloquear a entrada de poeira e microrganismos. Porém, quando essa barreira não é suficiente e ocorre uma infecção, as glândulas nos brônquios começam a gerar uma secreção mais densa. 

Esse muco pode engrossar devido à presença de restos de anticorpos e, em alguns casos, pode alterar sua coloração e odor. Após se tornar mais espesso, o catarro é direcionado para a garganta.

Há quem acredite que engolir o muco pode causar problemas de saúde, mas, segundo o otorrinolaringologista Henrique Garchet, isso não representa nenhum risco.

“Não há qualquer problema em engolir a secreção, até porque o muco produzido no nariz é naturalmente ingerido sem que as pessoas percebam. Isso não prejudica o corpo nem interfere no tratamento da infecção”.

O especialista ressalta que apenas uma avaliação médica é capaz de descartar doenças mais graves associadas ao catarro. 

Na maioria das situações, no entanto, trata-se de uma infecção comum, muitas vezes acompanhada de inflamação na garganta, como ocorre em gripes e resfriados.

A cor do catarro pode indicar problemas de saúde

A produção de catarro é uma função natural do organismo, desde que a secreção seja fluida e transparente. 

No entanto, quando há um aumento significativo na quantidade, é fundamental buscar orientação médica para verificar a presença de possíveis doenças.

Além da quantidade e da consistência, a coloração e o odor do catarro também podem servir como sinais de alerta. Um catarro esbranquiçado geralmente está associado a gripes e resfriados. 

Já a tonalidade amarelada pode ser um indicativo de rinite ou sinusite, enquanto o verde pode sugerir casos de pneumonia.

As cores do catarro e significados

• Catarro transparente: Indica um estado normal e saudável do organismo. É comum em situações de gripes e resfriados leves. 
• Catarro esbranquiçado: Geralmente associado a gripes ou resfriados. Pode indicar inflamação nas vias respiratórias.
• Catarro amarelado: Sinal de possíveis infecções como rinite ou sinusite, refletindo a ação do sistema imunológico.
• Catarro esverdeado: Pode ser um indicativo de infecções mais graves, como pneumonia.

Essas mudanças na cor do catarro servem como alertas para possíveis condições de saúde e, em caso de dúvidas, é sempre importante consultar um médico.

Engolir catarro faz mal?

Segundo os especialistas, engolir o próprio catarro não faz mal à saúde, embora a ideia possa parecer desconfortável. 

O catarro produzido pelo organismo é, na maioria, composto por água (90 a 95%), além de mucinas (responsáveis pela consistência gelatinosa), sais, lipídios, restos celulares e partículas inflamatórias. 

Ele é uma defesa natural do corpo, capturando microrganismos e partículas que entram pelas vias respiratórias.

A mucosa respiratória, que reveste desde a cavidade nasal até os pulmões, possui cílios que ajudam a conduzir o muco para a boca, onde ele pode ser expelido ou engolido. 

Geralmente, o catarro engolido segue para o estômago, onde os microrganismos presentes são destruídos pelos ácidos gástricos e enzimas digestivas. 

Esse processo é seguro e ocorre automaticamente com boa parte do muco que o corpo produz diariamente (entre 75 e 100 ml).

Em resumo, engolir o próprio catarro é inofensivo e faz parte do funcionamento natural do corpo. Mas fique atento a mudanças na secreção e, em caso de dúvidas, consulte um médico para uma avaliação mais detalhada.