Ressacas mostram que mar está engolindo praias no Litoral de SP

Você já notou que, ao longo dos últimos anos, as ressacas estão cada vez mais fortes nas praias brasileiras? Pois saiba que esta não é uma impressão individual. O mar está realmente engolindo nossas praias, e isso é um problema que vem crescendo de forma preocupante.

Especialistas explicam que esse avanço se deve, principalmente, ao aumento do nível do mar causado pelo aquecimento global.

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Com o derretimento das calotas polares e a expansão das águas do oceano, o mar está subindo de maneira acelerada, colocando muitas cidades costeiras em risco.

Quais cidades estão em perigo?

Não são poucas as cidades brasileiras que estão na linha de frente dessa batalha contra o mar.

De acordo com um estudo da Climate Central, sete cidades no Brasil correm alto risco devido ao avanço do nível do mar: Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife, Porto Alegre, São Luís do Maranhão e Santos.

Juntas, essas cidades abrigam cerca de 2 milhões de pessoas diretamente impactadas pela elevação do mar.

Em resumo, não podemos assumir que esse problema vai demorar para chegar, pois os efeitos já estão sendo sentidos.

O que o futuro nos reserva para as praias?

Os números preocupam. Estimativas indicam que, nas próximas décadas, o nível do mar pode subir até 80 cm se as emissões de carbono continuarem no ritmo atual.

Isso pode parecer pouco, mas para cidades costeiras, essa elevação é catastrófica.

Em São Paulo, por exemplo, o nível do mar já subiu 20 cm nos últimos 73 anos e pode chegar a 36 cm até 2050. Isso significa que partes dessas cidades podem ficar submersas ou enfrentar inundações constantes.

Como o Brasil está reagindo?

O Brasil não está parado diante dessa ameaça. Várias cidades já começaram a implementar medidas para tentar mitigar os efeitos do avanço do mar.

O Rio de Janeiro, por exemplo, firmou uma parceria com a NASA para monitorar o avanço do mar. Recife está retirando moradores de áreas de risco e criando parques que ajudam a conter a água.

Fortaleza, por sua vez, está construindo um lago subterrâneo para evitar alagamentos. E em Santos, uma barreira de sacos de areia tenta segurar as ressacas.

O que ainda precisa ser feito?

Apesar dessas iniciativas, muitos especialistas concordam que o cenário é urgente. As medidas adotadas até agora são importantes, mas precisam ser ampliadas e complementadas por ações mais ambiciosas.

É essencial que as cidades brasileiras unam vontade política com tecnologia de ponta para realmente enfrentar o avanço do mar.

Além disso, a redução das emissões de carbono continua sendo uma das principais estratégias para frear o aquecimento global e, consequentemente, o aumento do nível do mar.