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Incêndio prédio da Enel no Chile | Reprodução/Youtube
Vídeos e fotos do prédio administrativo da Enel, concessionária de energia elétrica, pegando fogo rodaram o mundo em outubro de 2019. Muitos transformaram as imagens em símbolo de luta contra o aumento de preços e, sempre que há um problema com os serviços da empresa, elas são recuperadas.
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Curiosamente, o ataque ao prédio da empresa não foi pensado como uma manifestação contra a companhia. A investida ocorreu durante protestos no Chile, que começaram devido ao anúncio do governo de aumento das passagens do metrô em 30 pesos chilenos (R$ 0,18). Um mês antes, as contas de luz já tinham subido 10%.
A população reagiu com fúria ao anúncio do governo e diversas manifestações ocorreram no País. O governo reagiu e houve confrontos, resultando em 11 mortos e mais de mil presos. Foi em um destes protestos, no dia 18 daquele mês, que o prédio da Enel, na capital Santiago, foi incendiado.
O então presidente, Sebastian Piñera, decretou estado de emergência, toque de recolher e colocou o exército na rua, o que não ocorria no Chile desde o fim da ditadura de Pinochet. No dia seguinte, o governo suspendeu o aumento da tarifa do metrô, mas isso não esfriou os ânimos.
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As manifestações duraram até novembro. Entre os resultados dos protestos, um plebiscito foi marcado para o ano seguinte, quando a população votou por uma nova Constituição.
Pela velocidade em que as chamas tomaram conta do prédio da Enel durante os protestos, muitos moradores chegaram a achar que as imagens eram uma montagem, mas são reais. O incêndio foi provocado por manifestação que atacaram um armazém de trabalho anexo ao prédio.
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O armazém ficou destruído e, de lá, as chamas atingiram a escada de emergência, se espalhando pelo prédio. O incêndio foi controlado duas horas depois. A Promotoria de Santiago acabou encerrando o caso, pois não conseguiu identificar os autores.
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