Quantos fusos horários existem no Brasil?

O Brasil tem um território gigantesco. Embora a frase seja bastante comum, ela reflete uma realidade inegável. Por conta dessa vasta extensão, o país conta com mais de um fuso horário. A seguir, você entenderá quais são os fusos horários no Brasil e como eles variam entre as diferentes regiões do país.

Antes de tudo é preciso entender como os fusos horários estão organizados em todo o mundo. 

Nosso planeta é cortado por uma linha imaginária chamada Meridiano de Greenwich. Essa linha vertical "passa" pela cidade de Londres, que é justamente onde temos o fuso horário inicial.

Ou seja, em Londres temos o "horário zero" e, a partir desta cidade, outras linhas verticais são traçadas (veja na figura abaixo).

Assim fica fácil entender. Cada território dividido por uma linha à direita do Meridiano de Greenwich tem uma hora a mais em relação ao horário de Londres. E cada território dividido por uma linha à esquerda do Meridiano de Greenwich tem uma hora a menos em relação à capital britânica.

Aqui no Brasil, por exemplo, o principal fuso horário está atrelado ao horário de Brasília. Este fuso está a quatro territórios à esquerda de Londres. Portanto, o horário de Brasília está quatro vezes atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich.

Quantos fusos horários existem no Brasil?

Devido à sua extensão territorial, o Brasil está dividido em quatro fusos horários diferentes. O número negativo abaixo representa o fuso horário e o número de territórios à esquerda do Meridiano de Greenwich.

• Fuso GMT -2: Inclui arquipélagos como Fernando de Noronha.
• Fuso GMT -3: O famoso horário de Brasília, que é o oficial do país, abrangendo grande parte dos estados.
• Fuso GMT -4: Abrange estados como Mato Grosso, Rondônia e parte do Amazonas.
• Fuso GMT -5: Abrange o Acre e uma pequena região do Amazonas.

É devido à organização dos fusos brasileiros que quando são 14 horas em São Paulo, ainda são 13h no Amazonas, por exemplo.

Fim do horário de verão no Brasil

Até 2019, muitos estados adotavam o horário de verão, onde os relógios eram adiantados em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro.

O objetivo era economizar energia, aproveitando melhor a luz natural dos dias mais longos.

Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, entre outros, seguiam essa prática. Porém, essa medida foi suspensa pelo governo Bolsonaro (PL) e o Brasil não utiliza mais o horário de verão.

Em setembro de 2024, o governo brasileiro passou a avaliar a volta do horário de verão. Na ocasião, um estudo realizado pelo Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostrou que 54,9% dos entrevistados eram favoráveis à mudança nos relógios.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) o objetivo de implementar o horário de verão novamente é evitar um racionamento de energia.