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O processo de escolha do novo papa é cercado de tradições mistérios | Imagem: Vatican Media
Toda vez que o trono do papa fica vazio, os cardeais eleitores da Igreja se reúnem no Vaticano, em Roma, para eleger um novo sumo pontífice. Mas quanto tempo pode durar a eleição?
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A Igreja Católica Apostólica Romana atualmente reconhece 252 cardeais, mas quando Francisco deixar o cargo, por falecimento ou renúncia, apenas 138 votarão, porque para votar eles não podem passar de 80 anos de idade.
A palavra conclave remete à “conclusão” e foi instituída pelo Papa Gregório 10. Gregório foi eleito papa num processo árduo que se estendeu por 1006 dias, em que 2 cardeais chegaram a morrer sem conhecer o sucessor.
Com medo de que a eleição para seu sucessor pudesse ser dramática como no seu caso, Gregório instaurou um processo secreto.
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A escolha passou a acontecer num lugar reservado apenas aos cardeais, trancado com chave, e que eles deveriam necessariamente chegar a uma conclusão rápida.
Não existem candidatos oficiais no conclave, e qualquer católico, seja padre ou não, pode ser apontado como novo papa. Mas você sabe quanto tempo duraram os conclaves anteriores?
O conclave que elegeu João Paulo 2 aconteceu apenas 33 dias após a eleição de João Paulo 1, seu antecessor que havia falecido. A Capela Sistina foi fechada em 14 de outubro de 1978 e os cardeais chegaram a uma conclusão 2 dias depois, em 16 de outubro.
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Como o conclave anterior havia sido bem recente, a tendência era que fosse repetida a disputa entre Giuseppe Siri, conservador, e Giovanni Benelli, mais liberal. Ambos italianos.
Karol Józef Wojtyła, cardeal polonês, foi então a opção dos eleitores não-italianos para dar fim à disputa. Assumiu o nome de João Paulo 2 e foi entronizado em 22 de outubro de 1978.
Com a morte de João Paulo 2 em 2 de abril de 2005, os cardeais se reuniram novamente para decidir o novo papa. Esse conclave, que teve início em 18 de abril, seguiu novas regras instituídas pelo papa anterior.
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Os cardeais não mais ficariam trancafiados na Capela Sistina, mas até o processo de decisão acabar nenhum deles pode ter acesso a rádio, televisão ou qualquer comunicação à distância. Os votantes dormiriam na Casa Marta, instalação a 300 metros da Capela.
Depois de um papado longo como foi o de João Paulo 2, os cardeais costumam apontar um pontífice mais velho. A ideia é que ele dure pouco tempo no cargo e busque realizar uma transição para uma nova política católica.
O alemão Joseph Ratzinger, conservador, já era cotado entre os altos círculos do Vaticano para o cargo, e sua eleição como Papa Bento 16 aconteceu em apenas um dia e quatro eleições.
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O último conclave aconteceu em 2013, quando Bento 16 renunciou por piora em sua situação de saúde, especialmente a cardíaca. Segundo o direito canônico da Santa Sé da Igreja Católica, a eleição deveria acontecer após 20 dias da renúncia, ou seja, apenas dia 20 de março.
O Vaticano, porém, decidiu antecipar a eleição, com medo de que a páscoa chegasse sem um papa para guiar as celebrações. O conclave teve início em 12 de março de 2013.
Após a renúncia, jornais italianos já especulavam que o próximo papa deveria ser da América Latina, região que sozinha abrigava 42% dos católicos ao redor do globo. Entre os nomes mais cotados estava o brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
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Mas segundo o ditado italiano, “quem entra ‘papável’ sai cardinal”, e nenhum dos nomes cotados foi eleito. Em apenas um dia, e cinco votações, Jorge Mario Bergoglio foi escolhido como novo papa.
Bergoglio é o primeiro papa jesuíta e o primeiro latino-americano da história. Para combinar com a novidade, adotou o nome inédito de Francisco.
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