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Por que 21 tiros de canhão são disparados como honraria a líderes?

Tradição de disparos com armamento de guerra remonta desde o advento da República

Joseph Silva

21/11/2024 às 16:32  atualizado em 21/11/2024 às 16:53

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Entenda porque homenagens a chefes de Estado são feitas com 21 tiros de canhão

Entenda porque homenagens a chefes de Estado são feitas com 21 tiros de canhão | Arquivo SF

Você já deve ter notado que, durante homenagens a chefes de Estado, são disparados 21 tiros de canhão. Entenda o motivo do disparo desses tiros e por quê este tipo de homenagem ainda é usados nos dias de hoje.

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A tradição de disparar canhões em momentos solenes vem desde o advento da República. Saiba mais detalhes sobre estas celebrações.

De onde vem a tradição dos 21 tiros de canhão?

Essa honra é oferecida aos chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário federal, em momentos solenes, como é o caso das sessões legislativas de destaque.

No caso de um evento como este, é comum também que a Banda do Batalhão da Guarda Presidencial execute o Hino Nacional e que sejam hasteadas as bandeiras das Casas legislativas. É neste momento, geralmente, que o Grupo de Artilharia de Campanha dispara 21 tiros de canhão do gramado do Congresso.

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Por que são 21 tiros de canhão?

De acordo com o Centro de Comunicação Social do Exército, este é um rito que remonta ao final da Idade Média.

Naquela época, ao se aproximarem de fortificações, as tropas militares descarregavam todos os seus canhões e mosquetes para assegurar que estavam em missão de paz.

O número ímpar de tiros surgiu da necessidade de não se deixar dúvidas na contagem dos disparos.

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Na Inglaterra, a salva real era de cem tiros, ou de cem mais um, como margem de segurança.

Com o passar do tempo, o número de tiros disparados pelos canhões e mosquetes passou a caracterizar a consideração que merecia o visitante estrangeiro que chegasse a uma instalação militar.

No Brasil, durante o Império, assim como na Inglaterra, o imperador fazia jus à salva de 101 tiros. A salva de 21 tiros, a maior depois da oferecida ao imperador, era destinada à imperatriz, à família real e aos arcebispos e bispos em suas dioceses.

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Com o advento da República, a salva de 21 tiros passou a ser privativa dos presidentes da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Foi em 1983, no governo de João Baptista Figueiredo, que a execução das salvas de gala tomou a forma atual.

Há outras homenagems com menores quantidades de tiros?

A resposta é sim. Hoje, a quantidade de tiros de uma salva de gala obedece à seguinte precedência hierárquica, conforme seus homenageados:

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21 tiros

O presidente da República, chefe de Estado estrangeiro, na sua chegada à capital federal, e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, por ocasião das sessões de abertura e de encerramento de seus trabalhos;

19 tiros

Vice-presidente da República, ministros de Estado, embaixadores de nações estrangeiras, governadores de estados e do Distrito Federal (quando em visita de caráter oficial a organizações militares, respectivamente, no seu estado e no Distrito Federal).

Também para almirante, marechal e marechal-do-ar e comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica;

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17 tiros

Os chefes dos Estados-Maiores de cada uma das Forças Armadas, almirante-de-esquadra, general-de-exército, tenente-brigadeiro, ministros plenipotenciários de nações estrangeiras, enviados especiais e o Superior Tribunal Militar, por ocasião das sessões de abertura e de encerramento de seus trabalhos;

15 tiros

Vice-almirante, general-de-divisão, major-brigadeiro, ministros residentes de nações estrangeiras;

13 tiros

Contra-almirante, general-de-brigada, brigadeiro-do-ar e encarregado de negócios de nações estrangeiras.

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No caso de comparecimento de várias autoridades a ato público ou oficial, é realizada somente a salva que corresponde àquele de maior precedência (ou hierarquia).

* Com informações da Agência Senado.

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