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Por que o Tietê não corre para o mar, como grande parte dos rios? Entenda

Descubra os fatores geográficos que fazem o Rio Tietê seguir rumo ao interior, contrariando o fluxo da maioria dos rios brasileiros

Raphael Miras

10/02/2025 às 13:24

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O rio nasce a 1.120 metros de altura, na cidade de Salesópolis (SP)

O rio nasce a 1.120 metros de altura, na cidade de Salesópolis (SP) | Wikimedia Commons

O Rio Tietê é um dos poucos rios brasileiros que seguem uma trajetória incomum. Enquanto a maioria dos rios deságua no mar, ele percorre o estado de São Paulo no sentido oposto, para o interior. 

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Esse curso peculiar influenciou diretamente o desenvolvimento do estado, tendo sido uma rota fundamental para os bandeirantes durante a colonização, além de desempenhar um papel crucial na economia e na formação de diversas cidades ao longo de suas margens.

Mas o que explica esse fenômeno geográfico? Confira a matéria que a Gazeta preparou especialmente para esse assunto.

A barreira natural que muda o rumo do Tietê

O Tietê nasce no município de Salesópolis (SP), a 1.120 metros de altitude, na Serra do Mar. Apesar de sua nascente estar a apenas 22 km do Oceano Atlântico, ele não consegue seguir esse caminho natural. 

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Isso ocorre porque a Serra do Mar funciona como uma grande barreira montanhosa, impedindo que o rio desça para o litoral.

O Rio Tietê é um dos poucos rios brasileiros que seguem uma trajetória incomum. Enquanto a maioria dos rios deságua no mar, ele percorre o estado de São Paulo no sentido oposto, para o interior. Foto: Divulgação/Semil
O Rio Tietê é um dos poucos rios brasileiros que seguem uma trajetória incomum. Enquanto a maioria dos rios deságua no mar, ele percorre o estado de São Paulo no sentido oposto, para o interior. Foto: Divulgação/Semil
Nos primeiros trechos, ele atravessa regiões montanhosas e recebe grande volume de poluição ao passar pela capital paulista. Foto: THIAGO NEME/GAZETA SP
Nos primeiros trechos, ele atravessa regiões montanhosas e recebe grande volume de poluição ao passar pela capital paulista. Foto: THIAGO NEME/GAZETA SP
Hoje, ele cruza 62 municípios e está interligado a seis sub-bacias hidrográficas. Foto: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Salto
Hoje, ele cruza 62 municípios e está interligado a seis sub-bacias hidrográficas. Foto: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Salto
Além disso, o Tietê se torna navegável e é utilizado para a geração de energia em diversas barragens espalhadas pelo estado. Foto: Divulgação/Prefeitura de Barra Bonita
Além disso, o Tietê se torna navegável e é utilizado para a geração de energia em diversas barragens espalhadas pelo estado. Foto: Divulgação/Prefeitura de Barra Bonita

Com esse obstáculo no caminho, a água do Tietê é forçada a fluir para o interior, atravessando o estado de São Paulo de leste a oeste por 1.100 quilômetros até desaguar no Rio Paraná. 

Esse tipo de trajetória, em que o rio não segue em direção ao mar, é chamado de drenagem endorreica.

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Como o percurso influencia o rio?

Além de definir sua direção, o percurso do Tietê também impacta sua qualidade ambiental. Nos primeiros trechos, ele atravessa regiões montanhosas e recebe grande volume de poluição ao passar pela capital paulista. 

No entanto, à medida que avança para o interior, o rio ganha força e passa por um processo natural de autodepuração.

Com menos poluentes sendo despejados e maior correnteza, o rio se torna mais limpo e retoma parte de seu ecossistema natural. 

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Estudos indicam que, em certos trechos, fungos e bactérias voltam a atuar na decomposição da matéria orgânica, recuperando os níveis de oxigênio e possibilitando o retorno da vida aquática. 

Além disso, o Tietê se torna navegável e é utilizado para a geração de energia em diversas barragens espalhadas pelo estado.

O papel histórico do Tietê e seus desafios atuais

A trajetória do Tietê também influenciou a história do Brasil. Sua navegação facilitou a movimentação dos bandeirantes para o interior, impulsionando a fundação de cidades e o desenvolvimento da economia paulista. 

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Hoje, ele cruza 62 municípios e está interligado a seis sub-bacias hidrográficas.

Porém, o rio também apresenta desafios. Nos períodos de chuvas intensas, seu volume pode aumentar rapidamente, causando enchentes. 

No verão de 2025, a Marginal Tietê, em São Paulo, teve episórios de alagamentos após temporais.

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Mesmo com suas peculiaridades e desafios, o Tietê segue como um dos rios mais importantes do estado de São Paulo, tanto por sua relevância histórica quanto pela necessidade de preservação e controle ambiental.

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