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O debate sobre quantos continentes existem na Terra se tornou cada vez mais complexo | Nasa/Unsplash
Que o mundo é dividido em continentes não é novidade para ninguém. Porém, responder quantos continentes existem ao todo pode não ser tão simples assim.
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Alguns cientistas passaram a debater a ideia de que a Terra pode ter muito mais do que os seis já conhecidos: América do Sul, América Central e América do Norte, Europa, Ásia, África e Antártida. Entenda mais abaixo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os alunos geralmente aprendem em geografia que existem sete continentes: América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, África, Austrália e Antártida.
Ou seja, diferente dos cinco que os brasileiros aprendem nas escolas (seis, se contarmos a Antártida). A Gazeta levantou, inclusive, em quais países destes continentes vivem mais brasileiros.
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Para alguns, o número do continente já cai de seis para cinco, uma vez que a Antártica não é considerada um continente para um número de especialistas, já que possui poucos habitantes e poucas notícias sobre o cotidiano local.
Outra questão polêmica para alguns cientistas do exterior, em especial da Europa, é a conexão entre Ásia e Europa, sendo chamadas de “Eurásia”. A divisão entre as duas é bastante arbitrária, definida mais culturalmente do que cientificamente.
Outro ponto territorial curioso é em relação à América do Norte e à Ásia. Elas estão conectadas pela Plataforma do Mar de Bering, que já foi terra firme atravessada por humanos e inundada apenas recentemente em termos geológicos.
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Portanto, o número de continentes tem se tornado cada vez mais relativo para pesquisadores. Alguns especialistas argumentam que cinco, seis e sete estão errados e defendem a existência de oito continentes. Outros chegam a afirmar que há apenas dois.
Uma curiosidade ainda mais antiga é a questão dos polos magnéticos da Terra, que se inverteram há mais de 40 mil anos e é motivo de estudo até os dias atuais.
O conflito surge, em parte, porque há dois tipos de continentes: os reconhecidos por culturas ao redor do mundo e os definidos por geólogos.
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Culturalmente, um continente pode ser definido de qualquer maneira. Já na geologia, é preciso atender a critérios específicos.
Pesquisas recentes na área geológica tornam a definição de limites continentais menos simples, à medida que evidências de materiais continentais inesperados são descobertas.
“Isso gera muito interesse porque há implicações significativas para nosso entendimento dos mecanismos de separação continental, formação de oceanos e tectônica de placas”, disse Gillian Foulger, geóloga da Universidade de Durham, na Inglaterra ao jornal The New York Times.
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Geologicamente, para ser um continente, uma parte do planeta precisa atender a quatro critérios:
Os três primeiros requisitos são amplamente aceitos, mas o quarto é mais subjetivo e gera sérios debates, especialmente quando os geólogos estudam partes do planeta que estão na fronteira entre ser ou não continentes.
A Islândia, país pertencente a Europa, fica no topo de uma fissura que percorre o Atlântico, parte da dorsal meso-oceânica.
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Vulcões na região frequentemente expelem lava feita de crosta continental derretida, apesar de a Islândia estar a milhares de quilômetros de qualquer continente.
Isso leva alguns geólogos a suspeitar que a Islândia não seja apenas uma ilha isolada, mas parte de um continente submerso.
Outro caso intrigante é o da Zelândia, uma massa de terra submersa que inclui a Nova Zelândia.
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Embora culturalmente a Nova Zelândia seja associada à Austrália, geologicamente, a Zelândia é considerada um continente separado. Ela tem crosta continental, mas é mais fina do que outros continentes, tornando suas bordas menos definidas.
Como a reportagem explicou até aqui, a questão é complexa. Geólogos ainda debatem como fragmentos de crosta continental e oceânica devem ser classificados.
Algumas teorias defendem a existência de nove continentes, incluindo a Islândia como um possível “Continente Nº 9”.
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Outros argumentam que, se considerarmos conexões tectônicas, há apenas dois continentes principais: a Antártica e “todo o resto”.
Por enquanto, o debate científico não altera a visão culturalmente aceita dos continentes, ensinada atualmente nas escolas.
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