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Conheça as capitais brasileiras com mais fumantes e os desafios do tabagismo

Estudo destaca também o impacto dos cigarros eletrônicos entre os jovens, além dos desafios para reduzir o número de fumantes no País

Raphael Miras

07/11/2024 às 15:45

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Entre as mulheres, São Paulo liderava o ranking em 2021, com 10% das mulheres adultas fumantes

Entre as mulheres, São Paulo liderava o ranking em 2021, com 10% das mulheres adultas fumantes | Fotografierende/Pexels

O tabagismo ainda é um problema que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo. Embora muitos fumantes tentem parar, muitos acabam sem alcançar esse objetivo. No Brasil, uma pesquisa destaca as capitais com maior número de fumantes. Vamos ver os dados mais recentes sobre o tabagismo entre homens e mulheres nas principais capitais do País.

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Embora o número de fumantes seja alto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para um avanço positivo: o percentual de adultos que consomem tabaco tem diminuído nos últimos anos.

Em 2022, por exemplo, cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo era fumante, uma redução significativa em comparação ao ano 2000, quando esse número era de 1 em cada 3.

Ainda assim, o mundo continua com aproximadamente 1,25 bilhão de fumantes e o tabagismo é responsável por mais de 8 milhões de mortes anuais.

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Confira a seguir o cenário do tabagismo no Brasil

Percentual de homens fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2021
Percentual de homens fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2021
Percentual de homens fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2023
Percentual de homens fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2023
Percentual de mulheres fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2021
Percentual de mulheres fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2021
Percentual de mulheres fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2023
Percentual de mulheres fumantes, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal. Foto: Vigitel, 2023

Capitais brasileiras com o maior número de homens fumantes

Em 2021, Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, liderou o ranking de homens fumantes, com 22% dos adultos, maiores de 18 anos, consumindo tabaco. 

Dois anos depois, a capital conseguiu reduzir essa taxa para 17%, mostrando uma leve melhora nos hábitos de sua população.

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A cidade de São Paulo, a mais populosa do Brasil, manteve a taxa de 13% de homens fumantes de 2021, ocupando o oitavo lugar entre as capitais com maiores índices de consumo de tabaco entre homens. Confira as 10 capitais brasileiras com o maior número de homens fumantes a seguir:

  1. Curitiba (PR) - 18%
  2. Florianópolis (SC) - 17%
  3. Campo Grande (MS) - 17%
  4. Cuiabá (MT) - 17%
  5. Goiânia (GO) - 16%
  6. Rio Branco (AC)  - 15%
  7. Belém (PA) - 14%
  8. São Paulo (SP) - 13%
  9. Boa Vista (RR) - 13%
  10. Belo Horizonte (MG) - 12%

Já as capitais que registraram os menores índices de tabagismo masculino foram Manaus, Fortaleza, Natal e Palmas, todas com cerca de 8%, conforme os dados da Vigitel 2023.

Capitais brasileiras com o maior número de mulheres fumantes

Entre as mulheres, São Paulo liderava o ranking em 2021, com 10% das mulheres adultas fumantes. 

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Em 2023, no entanto, Porto Alegre ultrapassou São Paulo, chegando a 16%. Segundo o site de notícias Zero Hora, dentre os motivos aventados para isso estão a proximidade com a indústria fumageira, herança genética europeia e poder aquisitivo mais elevado. 

No mesmo período, São Paulo conseguiu reduzir sua taxa para 8%, refletindo um esforço contínuo na redução do tabagismo entre suas moradoras. Confira a seguir as 10 capitais brasileiras com o maior número de mulheres fumantes:

  1. Porto Alegre (RS) - 16%
  2. Florianópolis (SC) - 11%
  3. Rio de Janeiro (RJ) - 10%
  4. Curitiba (PR) - 10%
  5. Campo Grande (MS) - 9%
  6. São Paulo (SP) - 8% 
  7. Belo Horizonte (MG) - 8%
  8. Cuiabá (MT) - 7%
  9. Porto Velho (RO) - 7%
  10. Goiânia (GO) - 7%

A pesquisa Vigitel

A pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) é um estudo realizado anualmente pelo Ministério da Saúde do Brasil. 

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Desde 2006, o Vigitel coleta dados por telefone nas capitais brasileiras, investigando fatores de risco e de proteção relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como o tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, alimentação e obesidade.

O objetivo principal do Vigitel é monitorar a saúde da população brasileira e fornecer informações que orientem políticas públicas de saúde. A pesquisa abrange temas como prevalência do tabagismo, consumo de frutas e vegetais, prática de atividades físicas, excesso de peso e obesidade, entre outros. 

Os dados coletados ajudam o governo a avaliar tendências de comportamento e a implementar ações de prevenção e controle de doenças crônicas que têm um grande impacto na saúde pública, como o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias.

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No caso do tabagismo, por exemplo, o Vigitel identifica as regiões e capitais com maior incidência de fumantes, permitindo campanhas direcionadas e o desenvolvimento de estratégias específicas para reduzir o consumo de tabaco no país.

Resultados mais recentes

A pesquisa Vigitel 2023 revela um panorama desafiador, mas com alguns avanços. 

A redução gradual de fumantes nas capitais brasileiras sugere que políticas de saúde pública, como campanhas de conscientização e apoio ao abandono do tabagismo, estão surtindo efeito. 

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Entretanto, o aumento no uso de dispositivos eletrônicos como o “vape” e cigarros eletrônicos, traz uma nova preocupação para o controle do tabagismo. Especialmente entre os jovens.

Combater o tabagismo requer estratégias contínuas de prevenção e apoio, além de uma adaptação às novas formas de consumo de nicotina. A reportagem da Gazeta preparou uma matéria especialmente com algumas dicas de como parar de fumar. 

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