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Imagem de 1896, do antigo Pateo do Collegio, revelam a presença de um relógio de granito de um metro e meio de diâmetro na torre do edifício | Arquvio Histórico/Lincoln Paiva
A cidade de São Paulo guarda uma relíquia escondida à vista de todos: uma pedra de granito de 1554, atribuída ao Padre José de Anchieta. Esta peça histórica, que remonta à fundação da cidade, é considerada a relíquia mais antiga de São Paulo. Localizada na Igreja de São Gonçalo, no coração da Praça João Mendes Jr., ela está bem ao lado da Padaria Santa Teresa, a mais antiga da cidade.
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Embora muitos acreditem que o Pateo do Collegio seja o edifício mais antigo da cidade, essa construção é, na verdade, uma réplica erguida em 1976.
O local original onde a cidade foi fundada em 1554 foi demolido em 1953, cedendo espaço para a construção do Palácio do governo do Estado.
Da antiga estrutura do Pateo do Collegio, apenas uma ruína foi preservada e tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT), estando disponível para visitação.
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Imagens de 1896, do antigo Pateo do Collegio, revelam a presença de um relógio de granito de um metro e meio de diâmetro na torre do edifício.
Na parte superior da fachada da Igreja do Collegio, havia uma pedra com a inscrição "J.H.S." – abreviação de “Jesus Hominen Salvavit” (Jesus Salvou a Humanidade) – que é atribuída ao Padre Anchieta e celebrava a fundação de São Paulo.
No entanto, em 1896, durante uma forte tempestade, a pedra de granito caiu do frontispício da igreja.
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No ano seguinte, em 1897, o relógio também foi derrubado durante a demolição do Pateo do Collegio, e tanto o relógio quanto a pedra desapareceram das vistas dos paulistanos.
Para muitos, esses artefatos históricos haviam sido perdidos para sempre.
Em 1935, a antiga Igreja de São Gonçalo, localizada na Praça João Mendes, passou por uma reforma sob a supervisão do arquiteto Rafael Montefort.
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Aproveitando a reforma, os Jesuítas, que administravam a igreja na época, transferiram o mostrador de granito do relógio e a pedra de Anchieta para a torre da igreja.
A pedra do Padre Anchieta, com 60 cm de diâmetro, foi colocada acima da entrada principal da Igreja de São Gonçalo, enquanto o mostrador do relógio foi afixado na torre.
Ambas as peças podem ser vistas do lado de fora da igreja, onde permaneceram praticamente desconhecidas pelo público até recentemente.
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Além da pedra e do mostrador de relógio, outras relíquias do Pateo do Collegio foram preservadas e também transferidas para a Igreja de São Gonçalo.
Entre esses itens, estão castiçais, urnas e imagens que remontam aos primórdios da história de São Paulo. Essas peças permanecem como testemunhas da rica herança cultural e histórica da cidade.
A descoberta desses artefatos trouxe à tona a importância de proteger a história paulistana. Em meio à modernização da cidade, poucos sabem que elementos centenários ainda estão presentes, preservando a memória de São Paulo.
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Hoje, a Igreja de São Gonçalo é um verdadeiro museu a céu aberto, onde visitantes podem ver essas relíquias históricas.
Localizada em um ponto central, próximo ao centro comercial e histórico de São Paulo, a igreja convida a um passeio pelo passado da cidade, oferecendo uma nova perspectiva sobre sua fundação e suas transformações ao longo dos séculos.
A pedra do Padre Anchieta e o relógio de granito são tesouros esquecidos que revelam detalhes sobre a construção da identidade paulistana.
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Esses artefatos lembram o papel dos Jesuítas na fundação da cidade e inspiram reflexões sobre a preservação do patrimônio cultural.
A história da pedra do Padre Anchieta é um convite para que mais paulistanos redescubram o centro histórico e sua herança.
Ao visitar a Igreja de São Gonçalo, os cidadãos têm a oportunidade de se conectar com a história de São Paulo, lembrando-se das origens da cidade e da importância de valorizar as raízes culturais.
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