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PCC impôs regra, motociclista desobedeceu e 'levou pau'; veja vídeo e descubra motivo

A gravação com cenas fortes mostra um homem, que teria feito manobras perigosas com a moto, levando uma surra de um suposto integrante da facção

Joseph Silva

16/01/2025 às 12:16  atualizado em 16/01/2025 às 12:59

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Vídeo supostamente divulgado pelo PCC mostra homem sendo surrado por desobedecer faixa proibindo empinar moto

Vídeo supostamente divulgado pelo PCC mostra homem sendo surrado por desobedecer faixa proibindo empinar moto | Reprodução/Facebook

As imagens chocaram a população ao mostrar um homem sendo brutalmente espancado, supostamente por membros da facção criminosa PCC. O episódio aconteceu após o motociclista desobedecer faixas implantadas em comunidades da Grande São Paulo, que proíbem manobras perigosas com motos.

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Essas faixas, que têm como objetivo impor regras de conduta, trazem dizeres como: “Proibido tirar de giro e chamar no grau. Sujeito a cacete. Não aceitamos isso na nossa comunidade”.

“Tirar de giro” é o termo usado para descrever o som alto e explosivo do escapamento das motos, enquanto “chamar no grau” se refere à prática de empinar a roda dianteira da moto, algo que gera riscos e incomoda moradores locais.

Em um vídeo que viralizou na época, o motociclista aparece fazendo um pedido de desculpas público. Sob supervisão de homens não identificados, ele explica que essas regras foram impostas para proteger a comunidade, especialmente crianças e idosos, além de garantir o descanso de trabalhadores.

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“Quero dizer que essas faixas são, sim, para serem respeitadas, entendeu, mano? Quem está colocando é a comunidade, é o crime, em prol da população”, afirma no vídeo.

Após a retratação, ele alerta sobre as consequências de desobedecer às normas: “Porque quem vier a fazer isso daí vai ser pego para exemplo pra levar pau, como eu estou sendo”. O vídeo, então, registra o momento em que o homem é agredido violentamente com chutes, socos e cotoveladas.

Expansão do controle

A reportagem apurou que as faixas apareceram em várias regiões de São Paulo, como Heliópolis, Parelheiros e Jaçanã, além de áreas da Grande São Paulo, todas dominadas pelo PCC.

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#BRASIL‍ PCC PROÍBE EMPINAR MOTO NA PERIFERIA DE SP e ESPANCA QUEM DESOBEDECE Veja vídeos completos https://t.me/pinhaisjovem Em um vídeo de 48 segundos postado nas redes sociais, um motociclista de Osasco (Grande SP) orienta os colegas motorizados sobre a importância do respeito às faixas de trânsito que vêm sendo implantadas pelo PCC nas comunidades da capital e Grande de São Paulo nos últimos dias com os seguintes dizeres: "Proibido tirar de giro e chamar no grau. Sujeito a cacete. Não aceitamos isso na nossa comunidade". "Tirar de giro" é, na "quebrada", a manobra realizada por motociclista que provoca a explosão do escapamento, barulho que se assemelha a disparos de arma de fogo. "Chamar no grau", por sua vez, é empinar a roda da frente da moto para se exibir. "Quero dizer que essas faixas são, sim, para serem respeitadas, entendeu, mano? Quem está colocando é a comunidade, é o crime, em prol da população", diz o rapaz, fazendo, segundo ele mesmo, uma retratação de uma postagem anterior em que aparece "tirando de giro" e desrespeitando uma dessas faixas. Na imagem uma Faixa em Heliópolis, na zona sul da capital, proíbe motociclistas de empinar moto e fazer barulho; mesma mensagem foi vista em outras comunidades da capital ( Foto: Danilo Verpa/Folhapress ). A gravação é acompanhada por homens desconhecidos e, diante deles, o motociclista explica a ordem do crime: "devido à molecada tirando giro, tirando um barato do pessoal, empinando, [isso] coloca em risco a criançada e idosos" e incomoda "trabalhador que não consegue dormir". Sob ameaça de criminosos, ele finaliza dizendo que está postando o vídeo para dar exemplo. "Porque quem vier a fazer isso daí vai ser pego para exemplo, como eu estou sendo", diz ele. Em seguida, é espancado por um homem com chutes, socos e cotoveladas. A Folha apurou que em praticamente todas as regiões de São Paulo essas faixas foram vistas, inclusive em vias importantes de acesso a grandes favelas, como Heliópolis, na zona sul da capital. Também foram identificadas pela reportagem as mesmas faixas em Parelheiros, na zona sul, e em Jaçanã, na zona norte. Em todas essas regiões o crime é monopolizado pelo PCC, maior facção criminosa do país. Assim como na Grande São Paulo, os moradores desses bairros informam que elas foram colocadas nessas vias para aviso aos infratores, que são punidos em eventual desobediência. As punições geralmente ganham publicidade para conseguir o efeito dissuasório. Não está claro nesse código do PCC qual a punição para os reincidentes. O caso vem sendo investigado pela Polícia Civil, que quer descobrir quem colocou as faixas. Em alguns pontos, esses avisos visuais foram removidos por ordem da polícia. Os policiais também identificaram o rapaz espancado em Osasco, que não tinha feito boletim de ocorrência para reclamar do crime. No inquérito, a polícia também realiza diligências para esclarecer todas as circunstâncias do fato. A polícia também diz, em nota, que "a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) do município investiga outros locais na cidade em que possam existir faixas, no intuito de apurar eventuais crimes existentes por trás de tal comportamento". E finaliza: "Com relação às faixas colocadas nas demais regiões, as delegacias das áreas mencionadas iniciaram apuração para verificar se há ligação entre a instalação dessas faixas e criminosos"️ Fonte: Folha UOL

Posted by Junior Caceres Marketing Digital on Friday, December 17, 2021

Essas sinalizações são colocadas em vias movimentadas para intimidar possíveis infratores. Segundo moradores, as punições para quem desobedece são frequentemente divulgadas para reforçar a mensagem e evitar reincidências.

Embora não esteja claro qual seria a punição para quem desrespeita repetidamente as regras, o episódio em Osasco é um exemplo da brutalidade com que as normas podem ser aplicadas.

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Investigação policial

A Polícia Civil iniciou investigações para identificar os responsáveis pela instalação das faixas e pelas agressões. Algumas delas foram removidas por ordem da polícia, e o homem espancado em Osasco foi identificado, mas não registrou boletim de ocorrência.

A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) também apura a presença de faixas em outras regiões e possíveis ligações com crimes relacionados ao tráfico de drogas. Em nota, a polícia informou que está verificando se há conexões entre os avisos e o controle exercido pelo PCC nas comunidades.

Esse episódio exemplifica o poder paralelo exercido pelo crime organizado em algumas regiões do país, onde as regras impostas pelo PCC chegam a superar a autoridade do Estado, deixando um rastro de violência e temor.

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