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Entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, o panetone esteve presente em 37,6 milhões de lares brasileiros | Freepik
Os últimos dias do ano chegaram e com eles uma grande variedade de panetones passou a ocupar as prateleiras de supermercados e lojas especializadas. Com ao menos um século de história, o produto deixou há algum tempo o papel de coadjuvante e passou a protagonista no Natal.
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Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, o panetone esteve presente em 37,6 milhões de lares, movimentando R$ 953,6 milhões.
A entidade, afirma que, no ano passado, mais de 46 mil toneladas de panetone foram consumidas por aqui. Veja na galeria a seguir algumas opções para presentear.
A origem do panetone é incerta, ou seja, ninguém sabe realmente como o doce surgiu. Contudo, há algumas teorias sobre o assunto.
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Uma hipótese diz que o doce teria sido criado em 1495, quando um ajudante de cozinha queimou biscoitos que seriam servidos como sobremesa em um jantar do duque de Milão, Ludovico Sforza.
Para tentar contornar o problema, o ajudante de cozinha, cujo nome era Toni, resolveu assar uma massa fermentada com os ingredientes do panetone. A iguaria causou boa impressão e Ludovico a batizou de “pão de Toni”, o que com o passar dos anos se tornou panetone.
Entre especialistas, a teoria mais aceita, porém, é a disseminada pelo historiador italiano Alberto Grandi.
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Segundo o professor João Luiz Máximo, do curso de pós-graduação em Gastronomia, História e Cultura do Senac, Grandi acredita que o panetone, como conhecemos nos dias atuais, surgiu no início do século 20, tendo como base um pão açucarado que era comum na Itália do século 19.
“Na Itália, desde o século 19, já se produzia em vários locais, sobretudo no Norte, um tipo de pão doce conhecido como pagnotta, que era baixo e compacto", explica João Luiz, em entrevista à Gazeta.
O professor continua: "Em 1919, porém, o confeiteiro Angelo Motta abriu um forno com seu nome na Vila Chiusa, em Milão. Ele retomou o antigo método de fermentação natural (comum no século anterior) e revolucionou a massa e sua forma.”
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João explica ainda que foi a partir da iniciativa de Angelo Motta que se criou o panetone como conhecemos: “alto com cúpula de batistério, mais macio e com mais uvas-passas. A partir desse período esse novo pão passa a ser associado com as festas natalinas em toda a Itália.”
No Brasil, o panetone chegou com os imigrantes italianos, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Por aqui, assim como na Itália, o doce foi associado às festas natalinas e ganhou o coração dos brasileiros.
De acordo com João, a Bauducco foi a primeira empresa a produzir panetones no Brasil. Fundada em 1952, em São Paulo, por um imigrante italiano, que chegou no País em 1948, Carlo Bauducco, até hoje, a empresa se destaca na produção do doce, sendo um dos principais nomes do setor.
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