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Onda de calor em São Paulo: prepare-se e relembre ondas anteriores

Enquanto São Paulo se prepara para enfrentar uma nova onda de calor, aproveite para entender melhor esse fenômeno

Lara Madeira

14/08/2024 às 17:18  atualizado em 14/08/2024 às 18:54

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Termometro marcando 39 graus na região da Praça da Sé em São Paulo

Termometro marcando 39 graus na região da Praça da Sé em São Paulo | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo está prestes a enfrentar uma onda de calor na próxima semana, uma parte da tendência de ondas de calor intensas que impactam o Brasil em 2024 e nos anos anteriores. Com regiões registrando temperaturas pelo menos 5°C acima da média mensal, este tipo de fenômeno está criando condições extremas em diversas partes do país.

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A próxima onda de calor está marcada para começar no sábado, 17 de agosto, e deverá se estender até quinta-feira, 22 de agosto. Espera-se que as temperaturas ultrapassem os 35°C em várias cidades paulistas durante este período. 

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), pelo menos seis estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, enfrentarão condições semelhantes, com temperaturas máximas superando a média em 5°C ou mais.

Ondas de calor dos últimos anos

Operaçao Altas temperaturas na praça da Republica feita em dezembro de 2023. Distribuição de fruta e água para população. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Operaçao Altas temperaturas na praça da Republica feita em dezembro de 2023. Distribuição de fruta e água para população. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
 Alta temperatura no Vale do Anhangabaú com termômetro marcando 39 graus. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Alta temperatura no Vale do Anhangabaú com termômetro marcando 39 graus. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
A Defesa Civil distribui agua para a população em frente ao Teatro Municipal em dezembro de 2023. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
A Defesa Civil distribui agua para a população em frente ao Teatro Municipal em dezembro de 2023. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Verão de 2024: em março de 2024, o Rio de Janeiro enfrentou temperaturas percebidas que atingiram impressionantes 62°C, uma das mais altas já registradas. Este evento foi marcado por temperaturas extremas que afetaram a capacidade dos moradores de realizar atividades diárias normais devido ao calor intenso 

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Inverno de 2023: um raro evento de calor durante o inverno atingiu 19 dos 26 estados do Brasil, incluindo a capital, Brasília, com temperaturas chegando a quase 42°C em agosto, apesar de ainda ser inverno. Este evento trouxe condições secas e baixa umidade, impactando até mesmo a região amazônica

O Brasil enfrentou uma série de ondas de calor extremas ao longo do ano, com 15 estados em alerta devido a altas temperaturas durante vários períodos do ano.

Novembro de 2023 foi particularmente difícil, quando o país registrou a temperatura mais alta já observada, atingindo 44.8°C. Essa onda de calor não só causou impactos diretos na saúde pública mas também exacerbou incêndios e secas em várias regiões 

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Verão de 2016: no litoral de São Paulo, em Iguape, a temperatura máxima alcançou 40.4°C em janeiro de 2016, marcando um dos eventos de calor extremo mais significativos para a região naquele período

Causas das ondas de calor

Rodrigo Lilla Manzione, especialista em gestão de recursos hídricos e professor na Unesp de Ourinhos, explica que as causas das ondas de calor estão fortemente ligadas à dinâmica atmosférica e a fenômenos climáticos como o El Niño.

“Temos um centro de alta pressão no centro do Brasil que funciona como uma barreira, impedindo que os ventos frios do sul avancem para outras regiões. Este bloqueio resulta em temperaturas elevadas e chuvas concentradas”, disse Manzione.em uma entrevista ao jornal da Unesp. 

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O professor também ressalta que o fenômeno El Niño tem sido mais intenso nos últimos anos, contribuindo para ondas de calor mais severas e frequentes, não só no Brasil, mas globalmente. 

"O que observamos um aumento na frequência e na intensidade desses eventos. Anos como o passado e 2020 foram marcantes no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com dias consecutivos de calor extremo, onde a média de temperatura ultrapassava os 35°C, causando impactos significativos na vida das pessoas e na biodiversidade."

Impactos das ondas de calor

As ondas de calor afetam tanto o ambiente quanto as pessoas e a infraestrutura das cidades de diversas maneiras.

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Quando as temperaturas sobem muito, isso pode prejudicar as plantas e aumentar o risco de incêndios florestais, o que, por sua vez, piora a qualidade do ar.

Essas altas temperaturas também trazem sérios riscos para a saúde humana. Pessoas podem sofrer de exaustão pelo calor, insolação e até agravamento de doenças pré-existentes, como problemas cardíacos e respiratórios.

Além disso, idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas são especialmente vulneráveis aos efeitos negativos do calor.

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Ilha de calor urbano

As cidades enfrentam desafios adicionais devido ao efeito de ilha de calor urbano, onde as estruturas, como edifícios e estradas, absorvem e irradiam calor, aumentando ainda mais a temperatura local.

A falta de áreas verdes e o uso de materiais que retêm calor em construções urbanas também contribuem para elevar as temperaturas ambientais, aumentando os riscos de problemas de saúde relacionados ao calor.

Para lidar com esses desafios, é essencial implementar políticas públicas de saúde e intervenções que envolvam vários setores para gerenciar e mitigar os riscos associados às ondas de calor.

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Isso pode incluir planejamento urbano para melhorar a resiliência ao calor, aumentar a conscientização sobre os riscos do calor extremo e melhorar a resposta a emergências de saúde pública provocadas pelo calor.

Preparação e medidas de segurança durante ondas de calor

As ondas de calor podem afetar gravemente a saúde, particularmente de pessoas vulneráveis como idosos, crianças, e aqueles com condições de saúde preexistentes. Para enfrentar essas altas temperaturas, o Ministério da Saúde oferece recomendações importantes:

Como proteger-se do calor

Limitar a exposição ao sol: evite ficar ao sol das 10h às 16h, que é quando ele está mais forte.

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Usar proteção solar: aplique protetor solar regularmente e utilize chapéus e óculos de sol para proteger a pele e os olhos.

Vestir-se apropriadamente: prefira roupas leves e de cores claras que não acumulem calor.

Reduzir atividades físicas: minimize esforços durante as horas mais quentes e repouse em locais frescos e sombreados.

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Hidratação

Beber líquidos frequentemente: hidrate-se com água ou sucos naturais frequentemente, mesmo que não sinta sede.

Evitar bebidas prejudiciais: reduza o consumo de bebidas alcoólicas e bebidas muito açucaradas.

Cuidados em casa

Adaptações domésticas: use cortinas para bloquear o sol direto e abra janelas à noite para refrescar a casa.

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Atenção aos mais necessitados: verifique regularmente a condição de vizinhos ou familiares que possam precisar de ajuda durante ondas de calor.

Ambiente úmido: Utilize umidificadores ou coloque toalhas molhadas e baldes com água para ajudar a umedecer o ambiente.

Saúde e bem-estar

Cuidados com medicamentos: Guarde medicamentos em um local fresco, conforme as instruções.

Monitorar sintomas de calor: Se sentir sintomas como tontura ou dor de cabeça intensa, procure um local fresco e hidrate-se imediatamente.

Banho adequado: Tome banhos com água não muito quente para ajudar a regular a temperatura corporal.







 

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