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O fenômeno, conhecido como 'divórcio cinza' ou 'grey divorce', vem ganhando força, especialmente entre casais de longa data que decidem encerrar o relacionamento em busca de novos propósitos e experiências | Freepik
Os divórcios no Brasil ocorrem, em 30% dos casos, entre as pessoas com mais de 50 anos, segundo as Estatísticas do Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Contudo, cerca de 10 anos atrás, esse número marcava menos de 10% dos casos.
O fenômeno, conhecido como "divórcio cinza" ou "grey divorce", vem ganhando força, especialmente entre casais de longa data que decidem encerrar o relacionamento em busca de novos propósitos e experiências.
Em contrapartida, os mais jovens também tem evitado relacionamentos sérios, recorrem mais ao fenômeno da agamia.
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A tendência de busca de maior independência — emocional e financeira — das mulheres, em especial as mais velhas tem aumentado os casos do divórcio.
Segundo especialistas, a maior expectativa de vida, associada à aposentadoria e ao empoderamento feminino, é uma das razões por do aumento dos "divórcios cinzas".
A meta de manter em um casamento "morno" deixou de ser uma obrigação social, e uma separação matrimonial já não carrega mais o estigma de décadas atrás.
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Cada vez com carreiras mais consolidadas e maior autonomia financeira, as mulheres se sentem cada mais confiantes para romper relações que não atendem às suas expectativas, o que aumenta a tendência das separações.
O nome se deve ao fator "grisalho", tonalidade mais comum dos cabelos das pessoas a partir dos 50 anos de idade.
Os casos de divórcio, principalmente entre mulheres mais velhas, têm registrado um grande aumento nos últimos anos, segundo revelou o IBGE.
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Em 2022, foram registrados 420.039 divórcios, aumento de 8,6% em relação a 2021, que marcou 386.813. Este foi o maior número desde o início da série histórica em 2007 e corresponde a aproximadamente um divórcio para cada 2,3 casamentos.
Conforme os dados mais recentes do IBGE, a idade média dos homens no momento da separação é de 44 anos, enquanto para as mulheres é de 41.
O tempo médio de duração dos casamentos também ficou menor.
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A média do tempo de casamento até o divórcio, em 2010, era após 16 anos de união. Hoje, esse número caiu para 13,8 anos e 47,7% das separações acontecem após menos de 10 anos de casamento, indicando mudanças nas dinâmicas familiares e na percepção sobre a continuidade de relações insatisfatórias.
O aumento da guarda compartilhada é outra tendência marcante, em caso de divórcios com filhos menores. Em 2014, apenas 7,5% dos casos optavam por esse modelo, enquanto em 2022 o número subiu para 37,8%.
Como consequência, a guarda exclusiva pela mãe diminuiu de 85% para 50,3% no mesmo período, refletindo uma maior divisão de responsabilidades entre os pais. O que corrobora com a ideia de mais "independência" das mulheres.
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