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Estado de saúde do Papa Francisco levanta dúvidas sobre possível renúncia | Jeffrey Bruno /Wikimedia Commons
O quadro de saúde do papa Francisco segue crítico, segundo boletim do Vaticano. Mesmo sem mais crises respiratórias agudas, o pontífice segue internado desde 11 de fevereiro, com diversas complicações.
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Francisco possui 88 anos de idade, e uma piora do caso clínico pode levar o pontífice a óbito. Com essa incerteza, bispos e autoridades religiosas já se preparam para um conclave, a fim de decidir quem será o próximo a assumir o papado.
Mas a escolha de um novo papa pode acontecer antes mesmo da morte de Francisco, caso a autoridade máxima decida por renunciar ao cargo pelas dificuldades de saúde.
Renúncias papais são incomuns: dos 266 episcopados reconhecidos pela Igreja Católica Apostólica Romana no Anuário Pontifício, apenas 4 renunciaram. Você sabe quais foram? Saiba agora!
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A primeira renúncia papal ocorreu ainda nos primeiros 250 anos da igreja católica. Segundo Donald Prudlo, da Universidade de Tulsa, o papa Ponciano foi eleito em 230 e ficou no cargo até 235, quando renunciou.
O pontífice assumiu em um período de diversas disputas na Igreja Católica, e foi exilado de Roma com outras personalidades religiosas pelo imperador romano Maximino Trácio.
Isolado e forçado a trabalhar nas minas da Sardenha, Ponciano percebeu que não conseguiria retornar com vida para Roma, então decidiu renunciar em 25 (ou 28) de setembro de 235 para permitir que outro papa fosse eleito em Roma.
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Ponciano morreu no mesmo ano, em consequência do esgotamento e do tratamento desumano que recebia nas minas.
A segunda renúncia aconteceu no mesmo ano da posse. Celestino V, que possuía antes o nome de Pietro da Morrone, foi eleito como 192° papa em 5 de julho de 1294, e renunciou ao pontificado em 13 de dezembro do mesmo ano.
Sua eleição como um outsider foi uma tentativa do Conclave de dar fim à guerra pela sucessão do papa Nicolau 4º, que já durava 2 anos.
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Celestino era considerado um desconhecido e vivia como eremita em seu monastério, e não possuía a saúde em perfeito estado, por isso não se sentiu preparado e nem digno de assumir o episcopado.
Depois da renúncia, tentou retornar à sua ordem, que passou a ser chamada de Os Celestinos, mas foi capturado por Bonifácio 8º, eleito papa após a renúncia, e passou a viver preso em uma torre em Ferentino, Itália, até sua morte
Pietro foi canonizado pelo papa Clemente em 1313 como São Pedro Celestino, devido ao grande sofrimento por que passou em nome da fé
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Angelo Correr assumiu o posto de papa como Gregório 12 durante a Grande Cisma do Ocidente, ou Cisma de Avinhão, período de graves disputas dentro da Igreja Apostólica Romana. Naquele período, 3 autoridades religiosas disputavam a autoridade máxima da igreja.
Gregório 12, que foi eleito em 1406, fez esforços para tentar reunir a Igreja, que estava dividida entre as sedes de Roma, Pisa e Avinhão, mas nenhuma alcançou sucesso.
Como parte de um acordo do Concílio de Constança para dar fim à Cisma, Gregório renúncia em 1415, mas é só depois de sua morte dois anos depois que um novo papa, Martinho 5º, é escolhido.
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A renúncia episcopal mais recente foi a que deu origem ao concílio que elegeu Francisco. O alemão Joseph Ratzinger assumiu o posto máximo da Igreja em 2005 e renunciou em 2013, alegando complicações de saúde.
Em uma publicação em 2010, Bento 16 afirma que se “o papa não é mais fisicamente, psicologicamente e espiritualmente capaz [...] então tem o direito, e sob certas circunstâncias, a obrigação, de renunciar”.
Sua renúncia oficial veio após piora no seu quadro de saúde, com problemas no coração. Jornais italianos já especulavam que Bento não possuía mais condições de manter a Igreja Católica unida.
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Outros tablóides também faziam pressão pela renúncia pelo fato de Bento ter integrado a Juventude Hitlerista e o exército alemão.
Após a renúncia, Bento viveu no Vaticano até morrer em 31 de dezembro de 2022, com 95 anos.
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