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O papa continua no posto mesmo internado? Conheça o procedimento da Igreja Católica

Para a Igreja, um papa só deixa o posto quando morre ou renuncia, mas as regras para escolha do próximo pontífice são específicas

Gabriela Barbosa

26/02/2025 às 17:52

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Mesmo com a saúde debilitada, o Papa continua com suas responsabilidades

Mesmo com a saúde debilitada, o Papa continua com suas responsabilidades | Divulgação/Vatican Media

O Código do Direito Canônico, que rege as leis do Vaticano, não tem regras específicas de procedência para situação de doença de papas. Para a Igreja Católica, um pontífice só deixa o posto quando morre ou renuncia, mas as atitudes vêm mudando com os anos.

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Antes de Bento 16, o último papa que tinha renunciado ao cargo foi Gregório 12 em 1415, num contexto de guerra interna da Igreja. Bento surpreendeu a comunidade cristã quando anunciou sua renúncia por conta de sua idade avançada, pensando em sua saúde, em 2013.

A eleição de um novo papa é o tema do filme "Conclave"
A eleição de um novo papa é o tema do filme "Conclave"
Para ser eleito papa, o candidato deve ter um terço dos votos dos cardeais
Para ser eleito papa, o candidato deve ter um terço dos votos dos cardeais
Os votos são queimados com fumaça preta (sem um novo papa escolhido) ou branca (novo papa eleito)
Os votos são queimados com fumaça preta (sem um novo papa escolhido) ou branca (novo papa eleito)
O conclave acontece entre 15 e 20 dias depois da morte do papa
O conclave acontece entre 15 e 20 dias depois da morte do papa
Os cardeais ficam isolados na Capela Sistina (Fonte de todas as fotos: Reprodução/Youtube/@diamondfilms)
Os cardeais ficam isolados na Capela Sistina (Fonte de todas as fotos: Reprodução/Youtube/@diamondfilms)

A justificativa do pontífice reflete as inovações tecnológicas da medicina. Hoje, é possível que uma pessoa fique viva por muito tempo, mesmo sem condições de trabalhar. O Vaticano, no entanto, ainda não redefiniu suas regras para se adaptar à modernidade.

Saúde em primeiro lugar

O Papa Francisco, que está no cargo atualmente, afirma que escreveu sua carta de renúncia logo que assumiu o posto. O pontífice disse que, por mais que fosse uma hipótese distante, renunciaria por motivos de saúde.

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“Já assinei minha renúncia. O Secretário de Estado na época era Tarcísio Bertone. Eu assinei e disse: ‘Se eu ficar incapacitado por razões médicas ou qualquer outra coisa, aqui está minha renúncia’”, contou Francisco ao jornal espanhol ABC em 2022.

O cânone 332 do Código do Direito Canônico define que um papa pode renunciar a seu posto se o pedido for devidamente manifestado por ele, de forma livre. O pedido não precisa ser aceito por nenhuma autoridade.

O que acontece depois da renúncia ou morte de um papa?

A Igreja tem um procedimento bem específico para o caso de morte de um papa, e o segue em caso de renúncia. Quem assume as responsabilidades papais em ambos os casos é o Camerlengo (Cardeal Camareiro).

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A posição de Camerlengo é uma das mais altas na hierarquia religiosa do Vaticano. Ele é responsável por verificar que o papa está morto, seguindo um ritual definido, e lacrar os aposentos do falecido.

O período em que o Cardeal Camareiro assume o governo temporário da Igreja é chamado de Sede Vacante (“Sé Vacante”). Esse governo não dura muito tempo, pois cerca de 20 dias após a morte do papa é feito um conclave para decidir o sucessor.

O conclave: eleição secreta e enigmática

Para definir quem será a próxima autoridade máxima da Igreja Católica, os cardeais de todo o mundo, inclusive um paulistano, se reúnem na Capela Sistina para realizar o conclave. Eles ficam isolados no local, sem acesso a telefones nem nada do mundo exterior.

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Entre orações e debates, os cardeais votam em um candidato para ser o próximo papa. Para receber o título, o candidato precisa ter no mínimo dois terços dos votos. Se esse número não for atingido em até 33 votações, a porcentagem muda para 50% dos votos mais um.

No final de cada votação, os papéis são queimados em uma substância química, liberando fumaça branca ou preta pela chaminé. A fumaça preta indica que nenhuma autoridade foi escolhida, enquanto a branca anuncia a eleição do novo papa.

O filme “Conclave”, lançado em 2024, retrata os bastidores dessa assembléia. A obra foi indicada a oito categorias no Oscar de 2025 e ganhou prêmios importantes da indústria cinematográfica.

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