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A maior parte da água doce do Brasil está concentrada na Amazônia, onde o Rio Amazonas e seus afluentes correspondem a 1/5 de toda a água do mundo. | Wikimedia Commons
Como diz a música do Jorge Ben Jor, o Brasil é um país tropical e abençoado por Deus. O território nacional possui a maior reserva de água doce do mundo, com cerca de 12% do volume mundial.
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O País possui aproximadamente 6,9 quilômetros cúbicos do líquido. Isso é o mesmo que 2,78 bilhões de piscinas olímpicas.
A distribuição da água doce no País é desigual, sendo que 70% está na região norte, 15% na região centro-oeste, 6% no sudeste, 6% no sul e 3% no nordeste.
Dentro dessa porcentagem, a água doce do Brasil está concentrada na Amazônia. Onde o Rio Amazonas e seus afluentes correspondem a 1/5 de toda a água do mundo.
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Além disso, o Brasil também compartilha sistemas de aquíferos com países vizinhos, como o Guarani e o Amazonas.
A América do Sul abriga duas das maiores reservas subterrâneas de água doce do planeta: o Aquífero Guarani e o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA).
Esses gigantes naturais desempenham um papel crucial para o equilíbrio hídrico da região, garantindo recursos hídricos para milhões de pessoas e sustentando ecossistemas únicos.
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O Aquífero Guarani é o maior aquífero transfronteiriço do mundo, abrangendo cerca de 1,2 milhão de km². Localizado na região centro-leste do continente, ele se estende pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
Aproximadamente dois terços de sua área encontram-se em território brasileiro, cobrindo estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Com espessuras que podem atingir 450 metros em algumas áreas, o Aquífero Guarani é formado predominantemente por arenitos, o que contribui para a baixa concentração de sais em sua água.
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Sua recarga ocorre principalmente em áreas de afloramento, como as ocorrências no estado de São Paulo, onde rios como Tietê, Paranapanema e Mogi-Guaçu atravessam regiões importantes para a infiltração de água meteórica.
Esse processo de recarga é fundamental para manter o equilíbrio do sistema, permitindo que parte da água se infiltre para rios e córregos.
Devido ao contato prolongado da água com as rochas subterrâneas, observa-se um aumento no teor de minérios nas porções mais profundas do aquífero.
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No entanto, a sua composição mineral é controlada pela predominância de arenitos, que não são particularmente ricos em sais, preservando a qualidade da água.
O Sistema Aquífero Grande Amazônia, ou SAGA, é a maior reserva subterrânea de água doce já registrada, com um volume impressionante de 162.520 km³.
Sua extensão atravessa o Equador, a Colômbia, o Peru e o norte do Brasil, cobrindo uma área de aproximadamente 1,3 milhão de km² no território brasileiro, sob as bacias hidrográficas do Acre, Solimões, Amazonas e Marajó.
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Descoberto inicialmente como Aquífero de Alter do Chão, sua verdadeira dimensão foi revelada por pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que apontaram uma reserva muito maior do que o imaginado. Em 2013, foi renomeado como Sistema Aquífero Grande Amazônia.
Apesar de sua grandiosidade, o SAGA ainda é objeto de estudos. Há incertezas sobre a qualidade da água em suas camadas mais profundas, mas sua importância estratégica para o abastecimento hídrico da Amazônia e para a preservação ambiental é inegável.
Segundo a Associação Mundial para a Água, Unesco e Relatório Mundial da ONU sobre Desenvolvimento de Recursos Hídricos, a Russia ficou em segundo lugar no ranking.
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O país euro-asiático possui 4.500 quilômetros cúbicos, o mesmo que 1,8 bilhão de piscinas olímpicas de água doce em seu território, cheio de rios e lagos.
O maior reservatório russo fica no Lago Baikal – mas o local está com níveis de água mais baixos, e preocupantes, desde 2015, por causa da exploração descontrolada.
Já o vencedor da medalha de bronze nesse ranking é o Canadá. O país tem 2,9 quilômetros cúbicos, o que equivalente a 1,16 bilhão de piscinas olímpicas de água doce.
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O país tem 7% de toda a água doce do planeta (a maior parte está em lagos) e apenas 1% da população mundial.
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