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No governo Lula, irregularidades barraram venda de cidade à China por 9 trilhões

Os chineses quase fizeram uma compra pela cidade na Paraíba por 9 trilhões de reais e a intenção era de transformar a metrópole em um grande centro futurista

Raphael Miras

25/10/2024 às 09:53

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Em um caso um pouco polêmico que ocorreu em dezembro de 2023, durante o governo Lula, uma empresa chinesa quase

Em um caso um pouco polêmico que ocorreu em dezembro de 2023, durante o governo Lula, uma empresa chinesa quase | Divulgação/Wikimedia Commons

Em dezembro de 2023, uma situação controversa marcou o governo Lula (PT) quando uma empresa chinesa esteve a ponto de adquirir uma cidade no nordeste do Brasil por cerca de R$ 9 trilhões. O município em questão foi Mataraca, na Paraíba, com aproximadamente 8,3 mil habitantes.

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O plano dos investidores chineses envolvia transformar Mataraca em uma metrópole futurista, incluindo a construção de um porto offshore de alta tecnologia.

A empresa chinesa prometia revolucionar a infraestrutura da cidade, mas, em meio a promessas e suspeitas, acabou sendo cancelado. O cancelamento deixou Mataraca sem as mudanças previstas, e o município voltou à sua rotina pacata.

O que ocorreu?

A cidade de Mataraca virou o foco de atenção nacional após ser anunciada como alvo de um grande investimento chinês. Com uma economia local baseada em mineração e turismo, Mataraca estava prestes a passar por uma transformação radical.

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O grupo de investidores chineses, conhecido como Brasil CRT, apresentou um plano para reconfigurar o município, tornando-o uma metrópole tecnológica com um porto offshore de última geração.

Um protocolo de intenções chegou a ser assinado em evento oficial, com a presença de autoridades locais e federais, o que gerou grandes expectativas entre a população.

Situada a 121 quilômetros do porto de Cabedelo e próxima à divisa com o Rio Grande do Norte, Mataraca parecia prestes a se transformar em um polo de desenvolvimento global.

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Cancelamento e investigações

Contudo, o projeto logo se viu envolvido em controvérsias. O valor do investimento, que equivalia a cerca de 120 vezes o PIB da Paraíba, despertou desconfianças. A promotora Ellen Veras Ximenes, do Ministério Público da Paraíba, solicitou à prefeitura os detalhes sobre o protocolo de intenções e as garantias oferecidas pelo grupo chinês.

Com o avanço das investigações, surgiram dúvidas sobre a viabilidade do projeto e a transparência dos recursos. Entre os pontos questionados, estava a própria existência oficial da empresa Brasil CRT na China. Além disso, levantaram-se suspeitas de que o projeto era uma cópia de um plano dinamarquês para a cidade de Shenzhen, na China.

Principais irregularidades

Entre as irregularidades apontadas pelas autoridades, destacaram-se:

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  • Suspeita de plágio de um projeto dinamarquês para Shenzhen;
  • O consulado-geral da China em Recife afirmou que a empresa Brasil CRT não tinha atividades oficiais reconhecidas na China;
  • Falta de clareza sobre a origem dos recursos para a obra;
  • Ausência de um site ou informações públicas sobre a empresa.

Diante das suspeitas e investigações, o grupo chinês decidiu cancelar o projeto, deixando a cidade em um estado de incerteza. O prefeito de Mataraca, Egberto Madrugada, que inicialmente apoiava o projeto, preferiu não se manifestar após o cancelamento.

Enquanto isso, a cidade tenta retomar seu ritmo habitual, com a expectativa de que futuros investimentos, mais transparentes e realistas, possam beneficiar a região.

Fonte: Fatos Desconhecidos e Benefícios Hoje*
 

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