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Mais de um século após o naufrágio do transatlântico Príncipe de Astúrias em Ilhabela, lendas sobre um tesouro submerso continuam a alimentar mistérios e atrair caçadores de ouro
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Na madrugada do dia 5 de março de 1916, o transatlântico Príncipe de Astúrias naufragou em Ilhabela. | Divulgação
Há mais de um século, o naufrágio do transatlântico espanhol "Príncipe de Astúrias" nas águas de Ilhabela, em 1916, continua a ser envolto em mistério e especulação. Conhecido como o "Titanic brasileiro", o navio teria afundado levando consigo não apenas centenas de vidas, mas também um tesouro estimado em 11 toneladas de ouro.
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Segundo lendas e teorias que circulam há décadas, esse ouro teria sido destinado a financiar a Revolução Mexicana ou a pagar por trigo argentino durante a Primeira Guerra Mundial. Contudo, não há registros documentados que comprovem o transporte desse tesouro.
O luxuoso transatlântico encontrou seu destino trágico ao colidir com as rochas de Ilhabela. O capitão da embarcação, José Lotina, nunca teve seu corpo encontrado, o que alimenta ainda mais as teorias conspiratórias sobre o incidente.
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Com o passar do tempo, o naufrágio se tornou uma das histórias mais enigmáticas de tesouros perdidos no litoral de São Paulo.
O transatlântico era considerado o navio mais luxuoso da Espanha e tinha 150 metros de comprimento. Era composto por dezenas de confortáveis cabines, subdivididas em 1ª e 2ª classes, classe econômica e setor de imigrantes, que concentrava quase a metade das pessoas que estavam a bordo.
A bordo do navio, oficialmente, estavam 588 pessoas, sendo 193 tripulantes. No entanto, estima-se que havia mais pessoas, porque muitos imigrantes daquela época viajavam sem registros.
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Especula-se que a embarcação havia saído de Barcelona, na Espanha, com destino a Buenos Aires, na Argentina. Ela passaria por Las Palmas, Santos e Montevidéu até chegar ao seu destino.
Expedições ao longo dos anos têm buscado localizar o suposto ouro no fundo do mar, mas sem sucesso.
Algumas teorias sugerem que o ouro pode ter sido descarregado em algum ponto entre as ilhas de Búzios e Vitória antes do naufrágio, o que explicaria a mudança repentina da rota do navio e sua colisão com os rochedos de Ilhabela. No entanto, essa hipótese nunca foi comprovada.
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O mistério em torno do Príncipe de Astúrias transforma Ilhabela em um destino não apenas para turistas, mas também para aventureiros e caçadores de tesouros, todos em busca de pistas que possam levar a uma das maiores descobertas da história marítima brasileira.
Se o ouro realmente existe, ele permanece como uma das maiores incógnitas ainda por resolver.
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